Greve dos guardas prisionais às horas extraordinárias com 50% de adesão, diz sindicato

Em causa estão os novos horários de trabalho aplicados desde 2 de Janeiro pela Direcção-Geral de Reinserção e Serviços Prisionais em seis prisões.

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Paulo Pimenta

A greve dos guardas prisionais às horas extraordinárias iniciada nesta quarta-feira nas seis prisões com novos horários de trabalho está a ter uma adesão de 50%, avançou à agência Lusa o sindicato do sector.

O Sindicato Nacional do Corpo dos Guardas Prisionais (SNCGP) iniciou uma greve às horas extraordinárias nos estabelecimentos prisionais de Lisboa, Porto, Paços de Ferreira, Coimbra, Castelo Branco e Funchal, paralisação que se prolonga até 31 de Janeiro.

Em causa estão os novos horários de trabalho aplicados desde 2 de Janeiro pela Direcção-Geral de Reinserção e Serviços Prisionais nestas seis prisões.

O SNCGP protesta contra o novo horário de trabalho e a forma como está a ser praticado, considerando que coloca "em causa a segurança dos estabelecimentos prisionais", bem como "a segurança e a dignidade dos profissionais da guarda prisional".

Com os novos horários, três equipas de guardas prisionais trabalham entre as 8h e as 16h e o horário das 16h/00h é feito por uma equipa, sendo feita trabalho extraordinário até às 19h por duas das três equipas que começaram o serviço de manhã, explicou o presidente do SNCGP.

Jorge Alves adiantou que a greve às horas extraordinárias incide sobre o trabalho feito pelos guardas prisionais entre as 16h e as 19h.

O presidente do sindicato afirmou que a greve está a ter uma adesão de 50% e está a afectar sobretudo as visitas, escola, formação e trabalho dos reclusos, bem como todas as diligências não urgentes feitas a partir das 16h.

Segundo o sindicato, a adesão à greve está a ser maior no Estabelecimento Prisional de Lisboa, com 90%, enquanto a prisão do Funchal regista a menor adesão, 10%.

 

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