Segurança Social fez auditoria à Fundação O Século em 2016 e participou ao Ministério Público

A Polícia Judiciária esteve na quinta-feira nas instalações da fundação a realizar buscas, por suspeitas de crimes económico-financeiros.

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guilherme marques

A Fundação O Século foi alvo de uma auditoria jurídico-financeira em 2016 por parte do Instituto da Segurança Social (ISS), na sequência de denúncias, tendo sido feita uma participação ao Ministério Público, disse nesta sexta-feira à Lusa fonte oficial.

Segundo o Ministério do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social, na sequência de denúncias efectuadas em 2016, decorreu durante esse ano “uma auditoria jurídico-financeira a esta instituição por parte do Departamento de Fiscalização do Instituto da Segurança Social, I.P”.

Face aos resultados da auditoria, adianta o Ministério do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social em resposta à Lusa, “o ISS, IP, fez uma participação ao Ministério Público em Dezembro de 2016”. A resposta não esclarece a natureza dos resultados da auditoria e que conduziram à participação ao Ministério Público.

A instituição Fundação O Século, refere o ministério, é uma instituição particular de solidariedade social (IPSS) que desenvolve a sua actividade em respostas sociais tendo acordos de cooperação com o Instituto da Segurança Social, designadamente na área de crianças e jovens em respostas sociais como creche ou lar de infância e juventude.

A Polícia Judiciária esteve na quinta-feira nas instalações da fundação a realizar buscas, por suspeitas de crimes económico-financeiros cometidos por alguns elementos, disse à Lusa fonte policial. Mais tarde, o Ministério Público esclareceu que na origem das buscas estiveram suspeitas da prática dos crimes de peculato e de abuso de poder, de 2012 até hoje.

O presidente da Fundação O Século disse estar de consciência tranquila e garantiu que não há irregularidades na gestão da instituição, aguardando com serenidade o resultado da investigação em curso.

“Investiguem o que houver para investigar e ajam em conformidade. Não temos de ficar contrariados com as investigações”, disse Emanuel Martins aos jornalistas após a PJ ter apreendido documentos da fundação por suspeitas de peculato e abuso de poder.

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