Incêndios e poluição no Tejo são os factos mais negativos de 2017 para a Quercus

Aprovação Estratégia Nacional de Educação Ambiental 2020 é o principal aspecto positivo apontado pela associação de defesa ambiental.

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Ricardo Lopes
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, Adriano Miranda,Adriano Miranda

A “tragédia dos incêndios” no Centro e Norte de Portugal, a “continuação da grave poluição no rio Tejo” e a extensão do prazo para o pedido de renovação da licença de funcionamento da Central de Almaraz são os factos mais negativos de 2017 para a Quercus.

No seu habitual balanço do ano, a associação de defesa ambiental afirma que o grande desafio “passa por conseguir conciliar futuramente o crescimento económico de Portugal” com “atitudes individuais e colectivas mais respeitadoras do Ambiente".

A Quercus destaca a “tragédia dos incêndios” no Centro e Norte do país, onde arderam cerca de 500 mil hectares de floresta e povoamentos, “o que corresponde a quatro vezes mais do que a média registada nos dez anos anteriores”.

As descargas poluentes no rio Tejo merecem igual destaque. "Apesar de todos os alertas e denúncias de associações, cidadãos e movimentos e das vontades políticas já manifestadas”, continuam a ser “demasiado recorrentes.

Nesta matéria a Quercus critica também o processo judicial instaurado pela empresa Celtejo a Arlindo Marques, um activista ambiental conhecido como o “guardião do Tejo” e o pedido de indemnização de 250 mil euros.

Em matéria de factos negativos a associação destaca ainda a extensão do prazo para o pedido de renovação da licença de funcionamento da Central de Almaraz, localizada na Extremadura Espanhola, junto à fronteira com Portugal.

O estado dos solos (32,6% do território nacional encontra-se em situação degradada),  a Legionella (que voltou a matar em Portugal), e o facto de o eucalipto continuar “em acelerada expansão” completam a lista de factos negativos.

Já no que respeita aos melhores factos ambientais de 2017, a Quercus salienta a aprovação da Estratégia Nacional de Educação Ambiental 2020, documento que considera “determinante para o futuro dos cidadãos e da sociedade portuguesa”.

O Plano Nacional para a Economia Circular; a defesa de Portugal da redução dos limites de cádmio nos fertilizantes agrícolas e a devolução à natureza de uma águia-imperial-ibérica recuperada completam a lista de factos positivos.

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