O pedido de Natal de Marcelo: “É importante que venham cá” em 2018

Presidente diz que deslocação a Pedrógão Grande será uma forma de ajudar na reconstrução.

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Igreja cheia, muitos abraços e beijos, muitas vezes a palavra “obrigado”. O povo de Pedrógão Grande recebeu o Presidente com calor, neste dia de Natal.

À saída da Igreja Matriz, bem no centro da vila, Marcelo Rebelo de Sousa deixou um apelo para que, nos próximos meses, os portugueses lhe sigam as pisadas: “Na próxima Primavera, no próximo Verão, é importante as pessoas virem [cá]”. Porque “quem cá está, sente essa presença”, mas também para ajudar a economia local a recuperar. “Engrenando no próximo ano, já engrenou”, garantiu o chefe de Estado. 

O Natal é frio e triste em Pedrógão. Mas Marcelo olha sempre para o lado bom: “As pessoas são muito calorosas, muito solidárias entre si”. E agora “vão começar a construir, partir para um futuro diferente. É o que vai acontecer, é o que já está a acontecer – felizmente com o apoio de toda a gente”.

Mais difícil é a reconstrução das almas na região. “É um lado que demora a reconstruir. Uma saudade que é dolorosa. Exige presença constante, das instituições, da Igreja, do Governo, das instituições públicas. O espírito é sempre mais difícil de refazer”, reconheceu o Presidente, ao início da tarde, antes de um almoço privado - reservado até - onde se sentou com os familiares das vítimas. “É não esquecer. É estar presente”, justificou o Presidente aos jornalistas, sobre a sua opção de rumar à área da tragédia, também no dia em que todos se dedicam à família.

A Igreja de Pedrógão encheu-se, para uma homilia de Natal em que o bispo de Coimbra pediu “presença humana” para os habitantes das regiões ardidas fazerem face às “trevas interiores”. E em que pediu “a Deus, na figura de Jesus, a consolação daqueles que tanto precisam”. Marcelo anuiu: “O dia de Natal é um dia de alegria. Mas é ao mesmo tempo de tristeza e de saudade. É o que se vive hoje [aqui].” Aquela família de Famalicão que fez viagem para ouvir a missa também o disse ao Presidente. “Achávamos que devíamos vir cá hoje”. O Presidente agradeceu-lhes.

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