Marcelo apela a que sejam lembrados os que sofreram nos incêndios

Presidente da República escreveu mensagem de Natal no Jornal de Notícias.

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Chefe de Estado fez publicar artigo sobre solidariedade na véspera de ser conhecida mensagem de Natal do primeiro-ministro LUSA/ANDRE KOSTERS

O Presidente da República Marcelo Rebelo de Sousa apela a que, nesta época do Natal, sejam lembrados os que viram as suas vidas “desfeitas” pelos incêndios de Junho e de Outubro. A mensagem consta de um artigo publicado este domingo no Jornal de Notícias.

Com o título “Natal e solidariedade em Portugal”, Marcelo Rebelo de Sousa sublinha que “nesses nossos compatriotas que merecem ser, neste Natal, ainda mais lembrados, estão os que viram as suas vidas paradas, adiadas, desfeitas pelas tragédias de Junho e de Outubro”. Ressalvando que também existiram outras vítimas de acontecimentos de anos anteriores ou neste Verão, o chefe de Estado considerou que “a inesperada intensidade das suas tragédias tudo o mais sobrelevou”.

Num artigo em que sublinha a “solidariedade” como “fundamento da esperança”, o chefe de Estado chamou a atenção para que “a alegria de muitos pode correr o risco de esquecer a pena de outros tantos”. “Se a presença física não for possível que chegue uma palavra, um aceno, um pensamento”.

O texto de Marcelo Rebelo de Sousa é publicado na véspera do primeiro-ministro António Costa transmitir a sua mensagem de Natal através das televisões. Ao chefe de Estado cabe fazer a mensagem de Ano Novo, na próxima semana.

Marcelo Rebelo de Sousa defende a necessidade de “acompanhar e apoiar a sua saga”, o que é “essencial” para o refazer do futuro em termos materiais e espirituais. Defendendo que a solidariedade “recobre” as duas vertentes, o Presidente considera que “não há como proporcionar condições óbvias a quem quer permanecer nesses Portugais demasiadas vezes esquecidos”, valorizando também o plano espiritual sem o qual o recriar de condições fica “desprovido de alma”.

O chefe de Estado deixa um elogio ao povo português: “Os portugueses – todos eles – entenderam este apelo. Desde o primeiro minuto e foram inultrapassáveis” .

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