CP representa 20% das reclamações relativas aos transportes

Reclamações contra táxis aumentam e CP detém o titulo de maior número de queixas. UBER regista pela primeira vez queixas.

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NFACTOS/RUI GONCALVES

O relatório de reclamações da Autoridade da Mobilidade e dos Transportes (AMT) relativas ao primeiro semestre de 2017 regista um total de 8.158 queixas neste período, o que perfaz 45 queixas por dia. Face ao periodo homólogo de 2016 as queixas duplicaram, no entanto os números declinaram ligeiramente no que toca ao segundo semestre do último ano.

Dentro de todas as categorias de transportes consideradas neste relatório (ferroviário, rodoviário, fluvial, marítimo e portuário e multimodal) a maioria das reclamações provêm, naturalmente, do transporte de passageiros sendo que o transporte de mercadorias perfaz menos de metade do valor de reclamações.

A empresa pela qual os portugueses mais expressam o seu desagrado é a CP (Comboios de Portugal), que recebeu 1642 reclamações no período avaliado, o que mesmo assim consiste num decréscimo de 703 queixas relativamente ao segundo semestre de 2016. 

Este valor representa 88,1% das queixas relativas a transportes ferroviários de passageiros mas 20% do número total de serviços de transportes de passageiros.

Neste serviço os utentes mostram-se mais contentes com o atendimento ao público mas expressam o seu desagrado com o incumprimento de horários que regista um aumento de 50 queixas e costumam mostrar o seu desagrado maioritariamente pela internet ou pelo “Formulário de Reclamações e Sugestões”.

A segunda empresa com valor mais alto de reclamações é, com 1306, o Metropolitano de Lisboa, que neste período transportou uma média de 37,4 milhões de passageiros. O sector ferroviário, do qual fazem parte a CP e o Metropolitano de Lisboa, perfaz um total de 41,4% das reclamações realizadas.

Relativamente ao sector com maior volume de queixas, o sector rodoviário, regista-se um decréscimo de reclamações tanto na Rede Expressos como na Carris sendo que ambas são, respectivamente, as empresas com mais reclamações recebidas.

No geral, todos os sectores viram um decréscimo no percentual de queixas excepto o sector marítimo e portuário que registou um aumento de 17% de reclamações.

Ainda no sector rodoviário registaram-se 101 reclamações contra táxis, mais 41 do que em 2016, sendo que a generalidade das reclamações apresentadas pelos utentes diz respeito à condução ou atitude agressiva do motorista.

Pela primeira vez, foram efectuadas 3 queixas contra a UBER, o serviço privado de transportes de passageiros.

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