Ferro Rodrigues elogia Cruz Vermelha no apoio às populações nos incêndios

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Ferro Rodrigues entregou o prémio à Cruz Vermelha Rui Gaudêncio

O presidente da Assembleia da República, Ferro Rodrigues, justificou esta quarta-feira a entrega do Prémio Nacional dos Direitos Humanos à Cruz Vermelha Portuguesa com o seu papel de apoio às populações nos incêndios deste Verão.

"No que diz respeito à acção voluntária em contextos de emergência, o papel da Cruz Vermelha é realmente único e insubstituível. Vimos isso uma vez mais este ano, em Portugal, com a resposta dada no contexto trágico dos incêndios florestais", afirmou Ferro Rodrigues, num breve discurso, na cerimónia de entrega do prémio, na Assembleia da República, em Lisboa.

Para o presidente do Parlamento, a acção da Cruz Vermelha foi visível este verão "através do reforço de meios de emergência, na participação em equipas de socorro e transporte, de apoio psicológico, logístico e de sobrevivência às populações desalojadas ou deslocadas" ou ainda no trabalho de "recuperação e retorno à normalidade" populações afectadas pelos incêndios.

"Os portugueses conhecem e reconhecem esse trabalho único [da Cruz Vermelha]. Feito por mais de dez mil voluntários activos, que dão assim um exemplo único de cidadania e serviço à comunidade", afirmou Ferro Rodrigues, para quem a organização é "um verdadeiro 'braço armado' dos direitos humanos e das políticas de paz, reconstrução e desenvolvimento".

No fim do seu discurso, em nome da Assembleia da República, "onde está representado o povo português", afirmou: "Muito obrigado, Cruz Vermelha Portuguesa".

Os incêndios florestais deste ano fizeram mais de 100 mortos, centenas de feridos e causaram milhares de euros de prejuízos. Jorge Bacelar Vasconcelos, presidente parlamentar da Comissão de Assuntos Constitucionais, afirmou que esta "foi uma das decisões mais fáceis" tomada pela comissão. Esse consenso, disse, justifica-se "com a importância que a Cruz Vermelha Portuguesa assume" na sociedade portuguesa.

O Prémio Nacional dos Direitos Humanos foi instituído pelo Parlamento em 1998 e já distinguiu, entre outras personalidades, António Guterres, ex-primeiro-ministro e atual secretário-geral da ONU, em 2016, e a Confederação Nacional das Instituições de Solidariedade (CNIS), em 2011.

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