Novos dados sobre redução do risco de pobreza "são encorajadores", diz Vieira da Silva

Para o ministro, os indicadores divulgados, esta quinta-feira, pelo Instituto Nacional de Estatística "demonstram uma dinâmica no sentido da correcção das desigualdades, com uma diminuição da distância entre os mais ricos e os mais pobres em Portugal".

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"Mas, sabemos que as desigualdades são ainda muito pesadas e que há ainda muito por fazer", ressalvou Vieira da Silva Rui Gaudencio

O ministro do Trabalho, da Solidariedade e da Segurança Social defendeu, esta quinta-feira, que os mais recentes dados oficiais demonstram que está em curso, em Portugal, uma "dinâmica" de redução das desigualdades sociais, com descida da taxa de pobreza, sobretudo de jovens e idosos.

Vieira da Silva falava no final do Conselho de Ministros, onde apresentou uma exposição na sequência da divulgação de dados oficiais do Instituto Nacional de Estatística sobre rendimentos e condições de vida, no âmbito do modelo europeu de combate às desigualdades.

Este conjunto de indicadores agora divulgados, segundo o membro do executivo, "demonstram uma dinâmica no sentido da correcção das desigualdades, com uma diminuição da distância entre os mais ricos e os mais pobres em Portugal".

"Mas, sabemos que as desigualdades são ainda muito pesadas e que há ainda muito por fazer", ressalvou logo a seguir Vieira da Silva.

Perante os jornalistas, o ministro da Solidariedade começou por referir que os dados relativos a rendimentos agora divulgados têm como ano de referência 2016, "o primeiro ano de exercício completo do actual Governo", enquanto os dados de natureza não monetária referem-se a 2017, "o que permite aferir o impacto de políticas dos últimos dois anos".

"Há uma redução de 0,7 pontos percentuais da taxa de pobreza em Portugal, que é a descida mais significativa desde o período 2007/2008 e que se fez sentir, sobretudo, nos mais jovens. Embora Portugal mantenha ainda níveis de pobreza em vários sectores, mesmo assim estes dados são encorajadores, porque registaram-se também melhorias significativas em 2016 no que respeita à pobreza dos idosos", disse.

De acordo com o membro do Governo, nesta matéria social, "há a consciência" da parte do executivo que, quer no que toca a dados sobre pobreza, quer no que respeita a dados sobre desigualdades, embora se registe uma evolução geral positiva, "é ainda uma situação que requer um elevado esforço colectivo em termos de melhorias salariais e das políticas sociais".

"É preciso progredirmos mais e mais rapidamente", frisou.

No que se refere aos dados já conhecidos de 2017 em matéria de combate às desigualdades, o ministro da Solidariedade classificou-os como "ainda mais positivos".

"A chamada taxa de privação - relativa ao número de portugueses que se encontra a viver em dificuldades severas - diminuiu significativamente em 2017 face a 2016 e 2015", apontou.

Esta evolução, segundo a perspectiva de Vieira da Silva, "quer dizer que, quando a estes indicadores for aplicado todo o conjunto de mudanças que se produziram ao longo deste ano, seguramente, se registará uma melhoria ainda mais significativa dos indicadores sociais do país".

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