Familiares das vítimas querem divulgação de relatório para que país conheça falhas na protecção

MAI vai divulgar ainda nesta sexta-feira partes do documento. Associação de familiares das vitimas recolhem assinaturas.

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Rui Gaudencio

A Associação de Familiares das Vítimas do Incêndio de Pedrógão Grande quer divulgar todo o relatório do professor Xavier Viegas que relata as circunstâncias da morte das 65 pessoas. Nádia Piazza, da associação, diz que é importante a divulgação "porque o país tem de saber quais as circunstâncias", mas essa divulgação, defendeu, tem de ser porque os familiares querem.

"Quem tem de decidir se faculta as circunstâncias da morte dos seus familiares são os familiares", defendeu Nádia Piazza depois de um encontro com o ministro da Administração Interna, Eduardo Cabrita, sobre a deliberação da Comissão Nacional de Protecção de Dados (CNPD), que impede a publicação integral de um dos capítulos do relatório.

A associação está a recolher o consentimento dos familiares para que, no seu conjunto, ele possa ser publicado rapidamente, mas "com regras", disse. 

Na próxima semana os familiares vão ter acesso ao documento na parte que diz respeito aos seus familiares, contudo ainda esta tarde o MAI vai divulgar partes do documento, nomeadamente os relatos de testemunhas, mas expurgados de dados pessoais.

A garantia foi dada pelo ministro da Administração Interna que defendeu a transparência do processo num "equilíbrio entre o processo de absoluta transparência e a garantia da privacidade". Eduardo Cabrita frisou que o ministério que tutela está "expressamente proibido" pela CNPD de revelar o documento na íntegra.

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