Decisão sobre Infarmed estava tomada mas “comunicação podia ter sido de outra forma”

Primeiro-ministro disse, em entrevista à Antena 1, que a mudança do Infarmed estava incluída na candidatura do Porto à Agência Europeia do Medicamento.

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LUSA/ANTÓNIO COTRIM

O primeiro-ministro afirmou, em entrevista à Antena 1, que a transferência do Infarmed para o Porto fazia parte da candidatura da cidade portuguesa à Agência Europeia do Medicamento (EMA, na sigla em inglês). António Costa admite, no entanto, que, "porventura, a comunicação podia ter sido de outra forma". Isto porque a quase totalidade dos trabalhadores do Infarmed se mostrou indisponível para se mudar para o Norte do país.

António Costa diz que a decisão de transferir a sede do Infarmed estava tomada há algum tempo, e que era "uma sequência natural" da vitória da candidatura do Porto a acolher a nova sede da EMA. O objectivo, explica à Antena 1, era realizar uma "aproximação entre as agências portuguesas e as nacionais". "A ideia não tem particular novidade", nota o primeiro-ministro.

Sobre a surpresa dos funcionários do Infarmed em relação à mudança para o Porto, e a indisponibilidade demonstrada por estes em seguirem para esta cidade, Costa reconhece que, "porventura, a comunicação podia ter sido de outra forma". No entanto, ressalva que a "questão de fundo" é saber se "o Porto deve ou não ser o local onde se deva instalar o Infarmed".

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"Pondo-me na posição de um funcionário do Infarmed encararia com tranquilidade, quer porque a lei me protege relativamente aos meus direitos quanto à mobilidade, quer porque sei que tenho uma administração e um Governo que saberá dialogar para que o Porto possa ter o Infarmed e eu possa ter outras funções para que no Infarmed, noutro serviço, possa ter outras funções e continuar a desempenhar a minha actividade", concluiu o primeiro-ministro.

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