Atenção às “black fraudes”: Deco e Portal da Queixa partilham avisos e ferramentas

Na corrida às oportunidades, há cuidados a ter. Conheça quais as melhores estratégias para não se deixar levar pelas etiquetas vermelhas.

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Reuters/TOBY MELVILLE

A Black Friday é esta sexta-feira, muitas marcas já anunciaram ou anteciparam os seus descontos (o PÚBLICO seleccionou uma lista). Várias pessoas correm atrás das reduções e aproveitam as promoções para fazer as compras de Natal, por exemplo. Mas nesta corrida às oportunidades há cuidados a ter. A Deco e a plataforma Portal da Queixa, por exemplo, dão alguns conselhos para não se deixar enganar pela febre das etiquetas vermelhas. E partilham indicações e ferramentas que o podem ajudar a confirmar se a promoção vale (ou não) a pena e a detectar situações de fraude.

“Se souber com antecedência que produtos estarão em promoção, será mais fácil confirmar se são boas oportunidades”, começa por alertar a Deco no seu portal. Isto, quando as marcas disponibilizam essa informação, uma vez que algumas optam por só revelar quais os produtos com desconto no próprio dia.

Importa ainda verificar a qualidade dos produtos e conhecer as políticas de compra e devolução. A Deco deixa ainda avisos contra lojas fictícias ou produtos contrafeitos e pirateados, divulgados nas redes sociais. “Tenha cuidado com as ofertas que parecem “demasiado boas para ser verdade” e verifique bem as informações divulgadas nesses canais, para garantir que não cai em fraudes. 

A associação de defesa do consumidor partilha ainda a ferramenta Comparar Preços. Ao pesquisar o nome da loja e do produto ou inserir na caixa “Pesquisa pelo URL” o link completo do produto tal como surge na loja online, o resultado devolvido é um semáforo com três cores e significados diferentes, baseados no historial de preços dos últimos sete e 30 dias.

O verde indica que se trata de um bom negócio face ao historial. O amarelo surge quando os produtos exibem pouca diferença em relação aos últimos 30 dias. Já o vermelho significa que a compra é desaconselhada porque o preço do produto já esteve mais baixo.

A análise é acompanhada por informação sobre a evolução dos preços registada nos últimos sete dias, um mês e três meses.

O PÚBLICO testou a ferramenta. Escolhemos um computador portátil na Worten e o resultado devolvido aprova a promoção, mostrando que este é o preço mais baixo dos últimos dias.

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Imagem retirada da Deco

Repetimos o exercício para um telemóvel na Rádio Popular e o resultado é semelhante. Em ambas as pesquisas, a plataforma devolve ainda um conjunto de informação sobre os preços praticados por outros vendedores para o mesmo produto.

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Imagem retirada da plataforma da Deco
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Imagem retirada da plataforma da Deco

No entanto, a ferramenta é limitada a determinadas marcas e produtos. Testámos com várias marcas de roupa, calçado, acessórios, livros e perfumes e não nos foi devolvido nenhum resultado.

A Deco destaca ainda que “as melhores ofertas são, por norma, as que se esgotam mais cedo”. “Se for comprar online, bastará esperar que chegue a meia-noite”, por exemplo.

A Deco disponibiliza ainda uma secção onde partilha as reclamações e denúncias de fraudes. Uma delas, publicada esta quinta-feira, é dirigida à Worten e assinada por Petra P. A cliente conta que “a empresa Worten tinha um frigorífico esta semana a 729,99 euros com desconto de 22%. Disseram-me para aguardar pela Black Friday, que os preços iriam baixar. Hoje dirijo-me a uma loja para efectuar as compra e o preço do frigorífico estava a 739,99 euros, já com o desconto da Black Friday. Aumentaram o preço para vender ao preço-base normal”, relata.

Para além da Deco, está ainda disponível o site Black Friday 2017, do Portal da Queixa, que funciona como um guia dos melhores descontos e promoções para sexta-feira e permite consultar as melhores ofertas, comparar marcas com confiança e até denunciar casos de fraude.

“A plataforma online pretende ser um guia dos melhores descontos e promoções para a Black Friday, onde o consumidor poderá consultar e comparar com um acrescido reforço de confiança, tendo em conta que poderá visualizar a reputação associada a uma marca, com base no índice de satisfação que tem no Portal da Queixa. Iremos também estar atentos às ‘black fraudes’; por isso, colocamos no site um link directo ao Portal da Queixa, possibilitando que os consumidores possam rapidamente denunciar más praticas, alertando, deste modo, outros consumidores”, explica Pedro Lourenço, CEO e fundador do Portal da Queixa.

“É preciso ter muito cuidado para que aquela oferta com preço de sonho não se transforme em pesadelo por ser uma falsa promoção. Qualquer compra deve ser feita de forma segura e ponderada, comparando marcas, produtos e preços”, reforça.

Em caso de fraude, o portal reencaminha a reclamação para o Portal da Queixa, onde pode acompanhar o historial das marcas nas respostas às reclamações dos clientes e consultar a sua avaliação.

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