O júri do concurso público internacional de ideias para a construção de um parque urbano na Praça de Espanha seleccionou os trabalhos de nove concorrentes, uma escolha que está sujeita à aprovação pela Câmara Municipal de Lisboa (CML).

A selecção dos nove concorrentes, que prevê a atribuição de um prémio no valor de dez mil euros a cada, é um dos assuntos que estarão em discussão na reunião de câmara de quinta-feira.

De acordo com a proposta, da autoria dos vereadores do Urbanismo, Manuel Salgado, e da Estrutura Verde, José Sá Fernandes, a que a Lusa teve esta sexta-feira acesso, foram apresentadas ao concurso de ideias "12 trabalhos de concepção", dos quais foram seleccionados nove por um júri, cuja composição será ratificada também na reunião de quinta-feira.

A CML anunciou em Abril a abertura de um concurso de ideias, que decorreu até 29 de Maio, para projecção do parque urbano que vai nascer na Praça de Espanha, contemplando zonas de estadia, esplanadas e equipamentos desportivos e que terá uma área de cerca de 45.000 metros quadrados.

Os nove trabalhos seleccionados são da autoria de: Machado e Braga Macedo Arquitectos, Lda; Sérgio Miguel da Silva Godinho, Arquitecto; Ventura Trindade Arquitectos/Baldios Arquitectos Paisagistas; Pedro Machado Costa e Luís Ferreira Neto; Atelier do Beco da Bela Vista, Arquitectura Paisagista, Lda.; NPK - Arquitectos Paisagistas Associados, Lda.; Ceregeiro - Arquitectura Paisagista, Lda.; José Adrião Arquitectos - Sociedade Pessoal, Lda.; TPF Planage Cenor - Consultores de Engenharia e Gestão S.A..

A cada um dos nove será atribuído um montante de 10 mil euros, "o que perfaz a quantia de 90 mil euros, acrescido de IVA à taxa legal em vigor de 23%, no valor de 20.700 euros, totalizando um encargo de 110.700 euros".

Este parque urbano é o elemento central da unidade de execução da Praça de Espanha, aprovada em Dezembro passado pelo executivo municipal de maioria socialista.

Em 2015, a câmara fez uma permuta de terrenos também na Praça de Espanha com o Montepio Geral - Associação Mutualista para ali ser construído o edifício sede do Montepio Geral e da Lusitânia Seguros.

Entretanto, a autarquia vendeu, no final de Março deste ano, uma parcela de terreno na Praça de Espanha destinada a construções novas do sector terciário. A parcela foi adquirida, em hasta pública, por uma sociedade comercial portuguesa pelo valor de 17 milhões de euros.

Para esta zona prevê-se ainda o alargamento das instalações do Instituto Português de Oncologia de Lisboa. Tais mudanças apenas são possíveis devido ao fim, em Setembro de 2015, do chamado "mercado azul" da Praça de Espanha.