Com as correrias da campanha, Rui Rio já tem "as calças um bocadinho largas"

Candidato do PSD esteve de visita ao bairro da Cova da Moura e lembrou que tem "uma particular sensibilidade para estas questões".

Rui Rio esteve no Bairro da Cova da Moura
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Rui Rio esteve no Bairro da Cova da Moura LUSA/José Sena Goulão
Candidato do PSD chegou tarde e demorou-se
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Candidato do PSD chegou tarde e demorou-se LUSA/José Sena Goulão
Rio foi acompanhado de vários sociais-democratas
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Rio foi acompanhado de vários sociais-democratas LUSA/José Sena Goulão

O candidato à liderança do PSD Rui Rio visitou esta o bairro da Cova da Moura onde reconheceu ser necessário aplicar "um plano específico", mas confessou que esperava encontrar problemas maiores. Rui explicou que visitou este bairro de génese ilegal no concelho da Amadora porque não o conhecia, reclamando ter "uma particular sensibilidade para estas questões".

"Quando estive à frente de uma autarquia, o meu principal objectivo político foi a reabilitação dos bairros sociais", defendeu o antigo autarca do Porto. Rui Rio considerou que o bairro da Cova Moura, não sendo o típico bairro social, "necessita de ser completamente inserido no tecido urbano" e lamentou que não tenha aproveitado devidamente a iniciativa "Bairros Críticos" como aconteceu em outros casos no Porto.

"Devo confessar que, no Porto, vi coisas muito mais desintegradas, devo confessar que contava que tivesse problemas maiores, dentro daquilo que vi", afirmou aos jornalistas, durante uma visita que durou mais de uma hora e que passou por algumas associações culturais, mercearias e cafés do bairro, com mais de 6.000 habitantes. "Felizmente não tem a gravidade de outras que visitei", acrescentou.

Ainda assim, o candidato à liderança do PSD considerou que será necessário aplicar "um plano específico" no bairro, que o possa integrar completamente "no tecido urbano" e combater "todas as formas de marginalidade social", dizendo fazer mais sentido "um plano social" do que muito policiamento.

No entanto, a visita de Rui Rio - anunciada num cartaz à porta da Associação de Moradores como a do "candidato à liderança do PSD e a primeiro-ministro" - contou com a presença de vários agentes da PSP no bairro.

Durante a visita a meio da tarde, conduzida por um elemento do PSD da Amadora e morador do bairro, Jorge Humberto, Rio ouviu mais do que falou, e foram poucos os moradores com quem conversou por sua iniciativa, numa hora em que o bairro não tinha ainda muito movimento.

O candidato esteve acompanhado por alguns apoiantes, como o deputado Feliciano Barreiras Duarte, o ex-secretário de Estado José Amaral Lopes, o antigo líder da JSD Pedro Rodrigues ou o líder interino da concelhia de Lisboa, Rodrigo Gonçalves, que funcionou como um verdadeiro 'mestre de cerimónias', encaminhando Rui Rio pelas ruas do bairro ou fazendo as apresentações aos moradores.

Do senhor Lopes, de 92 anos, Rio ouviu elogios ao seu trabalho no Porto e pedidos para que "dê uma volta ao bairro" e, no final, acedeu ao pedido de outro morador para que conhecesse a sua mulher e o filho Gabriel, de ano e meio, que ainda pediu - e conseguiu - colo do candidato a líder do PSD.

Rio confessou a uma modista local que, com as correrias da campanha interna, "já tem as calças um bocadinho largas" e, questionado pelos jornalistas, lamentou que ainda sejam poucos os militantes do PSD com as quotas em dia.

"Não é agradável que tão poucas pessoas paguem quotas e menos agradável quando há fenómenos de pagamento de quotas por atacado", afirmou, assegurando que, se vencer as diretas, vai procurar acabar com este problema que "não prestigia os partidos políticos e o PSD".

 

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