Economia portuguesa com crescimento de 2,5% no terceiro trimestre

Variação homóloga do PIB regista abrandamento face ao que tinha acontecido na primeira metade do ano, confirmando a generalidade das projecções.

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Procura interna passou a ter um contributo positivo para a variação homóloga do PIB Margarida Basto

A economia portuguesa registou, no terceiro trimestre deste ano, um crescimento de 0,5% face ao trimestre imediatamente anterior, colocando a variação do PIB face ao mesmo período do ano passado em 2,5%, anunciou esta terça-feira o Instituto Nacional de Estatística. Este resultado confirma um abrandamento na taxa de variação homóloga do PIB que, no segundo trimestre do ano, tinha sido de 3%. No entanto, em cadeia, o crescimento de 0,5% até representa uma aceleração face aos 0,3% do segundo trimestre.

O abrandamento na variação homóloga já era antecipado na generalidade das projecções realizadas para a economia portuguesa, incluindo a feita pelo Governo, uma vez que, pelo facto de na segunda metade de 2016 se ter registado um impulso muito forte na economia, existe agora um efeito base que é difícil de superar.

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Nas suas mais recentes previsões, feitas em Outubro quando apresentou a proposta de Orçamento do Estado para 2018, o executivo antecipava que, depois de uma primeira metade do ano em que o crescimento homólogo foi de 2,9%, a economia acabasse 2017 com uma variação anual do PIB de 2,6%, o que implica a ocorrência de um abrandamento no final do ano. Esta é também a projecção feita pela Comissão Europeia, enquanto o Banco de Portugal é ligeiramente mais pessimista, apontando para um crescimento de 2,5% no total de 2017.

Os dados publicados esta terça-feira constituem a primeira estimativa do INE para a evolução da economia portuguesa durante o terceiro trimestre do ano, não sendo ainda divulgada informação concreta em relação às diferentes componentes do PIB. Ainda assim, a autoridade estatística nacional assinala que, para a variação homóloga de 2,5%, foi fundamental o acréscimo do contributo positivo da procura interna, ao passo que o contributo da procura externa líquida passou a ser negativo, “reflectindo a desaceleração em volume das exportações de bens e serviços e a aceleração das importações”.

Já quando se verifica quais os contributos para a variação em cadeia do PIB de 0,5%, observa-se a tendência inversa. De acordo com o INE, “o contributo da procura externa líquida para a variação em cadeia do PIB passou de negativo a positivo” e “o contributo da procura interna diminuiu ligeiramente no 3º trimestre, devido à redução do Investimento, tendo o consumo privado aumentado”.

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