SEF alerta para falta de funcionários para novo terminal de cruzeiros

Com abertura de novo terminal em Lisboa, o Serviço de Estrangeiros e Fronteiras diz-se sem meios de fiscalização e exige ao Governo que sejam tomadas medidas.

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Daniel Rocha

No dia da inauguração do novo terminal de cruzeiros de Lisboa, esta sexta-feira, o Sindicato da Carreira de Investigação e Fiscalização do Serviço Estrangeiros e Fronteiras (SEF) diz-se sem funcionários para garantir a sua fiscalização, noticia a TSF.

O sindicato acusa o Governo de estar a atrasar a promessa de admitir novos inspectores. Acácio Pereira, presidente desta estrutura, sublinhou esta necessidade à TSF, afirmando que um terminal desta natureza vai trazer um incremento de passageiros e que “a esse incremento tem que corresponder necessariamente a um incremento de inspectores para um controlo adequado”.

Grande parte dos funcionários do SEF concentra-se no aeroporto de Lisboa e o sindicalista destaca a já patente incapacidade de fiscalização devido ao elevado tráfego de passageiros internacionais. Esta necessidade de novos funcionários torna-se evidente quando se verificam as enormes filas do controle de passaportes no aeroporto de Lisboa, um problema que se prolonga há meses e que, mesmo com o reforço de recursos humanos durante a Web Summit não deixou de se sentir.

“Quando falei de um efectivo de funcionários que pode variar entre 150 a 180 inspectores é para o aeroporto e o porto de Lisboa, funcionando numa gestão conjunta, digamos assim”, disse Acácio Pereira em entrevista à rádio. “Os funcionários do SEF têm de ser elásticos”, sublinha ainda.

Para que este cenário não se agrave com o tráfego gerado pelo novo terminal, através do qual entrarão muitos passageiros fora da Europa o que leva à necessidade de uma meticulosa fiscalização no controlo de fronteiras, é necessário um reforço de pessoal urgente.

“Se há necessidade identificada esse concurso deveria ser aberto de imediato”, exige o sindicalista, que não descarta a possibilidade de uma nova greve caso nada seja feito para rectificar a situação. 

Texto editado por Ana Fernandes

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