Conselho Nacional do PDR vai votar moção para destituir Marinho e Pinto de presidente

Presidente do Conselho Nacional é o autor da moção. Afirma que o PDR funciona "de acordo com o querer e a vontade de Marinho e Pinto".

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Enric Vives-Rubio

O Conselho Nacional do Partido Democrático Republicano (PDR) reúne-se sábado para votar uma moção para destituir Marinho e Pinto de presidente, considerando o responsável pelo órgão que o partido se está a desmoronar e que falta democracia interna.

Em comunicado enviado nesta quarta-feira às redacções, o presidente do Conselho Nacional do PDR, Sérgio Passos, deu nota da reunião extraordinária do órgão que lidera, agendada para sábado, e que tem na ordem de trabalhos a "discussão e votação da moção de destituição do Presidente do Partido Democrático Republicano, Dr. António Marinho e Pinto".

Contactado pela agência Lusa, Sérgio Passos - que apresentou esta moção - criticou o facto de o partido funcionar "de acordo com o querer e a vontade de Marinho e Pinto", considerando que "a falta de actividade e de dinâmica do partido tem conduzido ao seu desmoronamento". O presidente do Conselho Nacional do PDR quer "restituir o partido às bases e repor a democracia interna" que neste momento falha.

De acordo com Sérgio Passos, para esta moção ser aprovada é necessária uma maioria de dois terços dos membros do Conselho Nacional em efectividade de funções. "Neste momento só estão em efectividade de funções 13 dos 25 membros do Conselho Nacional. Isto é o estado geral do partido", lamentou.

O que está em causa, segundo o presidente do Conselho Nacional, é o "incumprimento" de Marinho e Pinto em relação à "liberdade democrática do partido", uma vez que no Conselho Nacional de Abril deste ano, por indicação do próprio presidente, "foi aprovada a realização de uma assembleia geral de filiados" - aquilo que noutros partidos é designado por congresso - para 27 de maio de 2017

"O presidente ficou incumbido de realizar esse mesmo congresso. Passada essa data, o presidente não promoveu a realização do congresso. A partir daí, Marinho e Pinto tem insistido na não marcação e não cumprimento", criticou.

O PDR, que foi fundado em 2014 e se estreou nas eleições autárquicas de 1 de Outubro, elegeu um deputado em Arcos de Valdevez (Viana do Castelo) e foi a terceira força política em Amarante (Porto). Os resultados em Amarante e Arcos de Valdevez devem-se, segundo o líder do PDR, Marinho e Pinto, aos "nomes dos candidatos, que credibilizaram o projecto político e contribuíram para os resultados. Em todo o país, o PDR alcançou 0,05% ou 2799 votos.

"Os resultados não me satisfazem. Poderíamos ter obtido melhor votação e vamos trabalhar para isso, mas confrontámo-nos com dificuldades em muitos concelhos, porque a comunicação social não divulgava as nossas iniciativas", afirmou Marinho e Pinto a 2 de Outubro.

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