Verdes pedem urgência na reabilitação do Liceu Camões

Com mais um Inverno a chegar e sem qualquer indício de obras na Escola Secundária Camões, os Verdes alertam novamente para a falta de intervenção do Governo, cada vez mais necessária

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RG RUI GAUDENCIO

A história da urgência de obras de reabilitação na Escola Secundária Camões já vai longa e desta vez foi o Partido Ecologista "Os Verdes" (PEV) que entregou na Assembleia da República um conjunto de preocupações da comunidade educativa, pedindo a intervenção do Ministério de Educação.

O problema prende-se com o aproximar do final de 2017, ano previsto para início de obras, e não haver qualquer indício que estas se iniciem nos próximos tempos já que a direcção da escola ainda aguarda o respectivo projecto de reabilitação e afirma que a Parque Escolar não dará início à requalificação antes do Verão de 2019.

A instituição de ensino, inaugurada a 16 de Outubro de 1902, foi classificada em 2012 como monumento de interesse público e desde então a sua degradação rápida e constante, devido à falta de requalificação que desesperadamente necessita, tem sido alvo de alertas e críticas.

As obras chegaram a estar agendadas para avançar em 2011 mas acabaram por ser suspensas. No ano passado voltaram a estar em cima da mesa na sequência da aprovação pela Assembleia da República das recomendações para a reabilitação urgente da escola, propostas pelo PCP, PEV e BE.

Em Maio de 2017, saiu em Diário da República que a escola secundária seria reabilitada, recebendo obras durante os próximos três anos no valor de 314.550 euros. As obras ficarão a cargo da Parque Escolar e o orçamento sairá totalmente dos cofres do Estado.

No entanto não há qualquer sinal de início de obras e, com a iminência do Inverno, o frio e a chuva agravarão a falta de condições do edifício para as 2000 pessoas que frequentam diariamente o estabelecimento. Um proecupação que levou os Verdes a voltarem a questionar o Governo.

“Com o início de mais um ano lectivo, poderiam ter sido aproveitadas as férias escolares para fazer obras, nem que fossem parciais”, afirma Cláudia Madeira, do PEV. O partido pede justificações ao Governo, nomeadamente sobre as razões da demora da requalificação do edifício, quanto mais esse tempo de espera se irá prolongar e quando é que na realidade começarão. E dizem esperar obter estas respostas “num prazo de 30 dias”.

João Jaime Pires, director da escola, lamentou a demora de início de obras e disse antecipar um cenário difícil, não só para este Inverno mas para o seguinte, já que a Parque Escolar apenas prevê iniciar a obra em Julho ou Agosto de 2019. "A escola não pode ser enganada", comenta indignado. "Não queremos que isto fique mais uma vez adiado e que se chegue ao final de um mandato com um compromisso por cumprir."

Texto editado por Ana Fernandes

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