A história das 22 moções de censura pós 1985

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Cavaco Silva, ex-Presidente da República Rui Gaudencio

A moção de censura ao Governo do CDS é a primeira que este executivo de António Costa enfrenta. É o CDS quem apresenta o cartão vermelho ao Governo por considerar que falhou diante dos incêndios deste fim-de-semana. Na história da democracia, houve várias moções de censura, mas só uma foi aprovada na Assembleia da República: em 1987, pela mão do PRD, caía um executivo liderado por Cavaco Silva. A consequência foi… a oposta do que os partidos da oposição podiam prever: Cavaco obteve a primeira maioria absoluta da história da democracia.

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Os recordistas das maiorias absolutas são, porém, dois governos de direita: os de Passos Coelho (seis, todas por causas das políticas assumidas ao tempo da troika) e de Durão Barroso (por causa do apoio à intervenção no Iraque). Os governos socialistas também têm censuras chumbadas na sua história: António Guterres teve três (já no seu segundo e conturbado mandato); e José Sócrates até passou Barroso com seis, sendo que só quatro foram no primeiro mandato, da única maioria socialista - as duas restantes foram no segundo, já em minoria. Uma curiosidade: Sócrates não caiu com nenhuma delas, mas acabou por se demitir depois de uma votação falhada na Assembleia - a do célebre PEC IV. É caso para dizer que censuras há muitas, mas nem todas têm o mesmo nome.

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