Marcelo exige respostas a Costa: "Já perdemos tempo de mais"

Presidente da República esteve em Pedrógão a pediu uma avaliação rápida do relatório da comissão técnica indepedente quanto ao enquadramento de "actuações e omissões"

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Marcelo regressou a Pedrógão LUSA/PAULO NOVAIS

O Presidente da República regressou neste sábado a Pedrógão Grande, onde se registouo enorme incêndio de Junho que fez pelo menos 64 mortos, e disse que "não há tempo a perder, ou melhor, já perdemos todos tempo de mais".

Num texto escrito, "para ser mais breve e mais compreensível", Marcelo Rebelo de Sousa deixou um convite "a uma avaliação dos contornos jurídicos do sucedido quanto ao enquadramento de acções e omissões no conceito de culpa funcional ou de funcionamento anómalo ainda que não personalizado, como sabemos pressuposto de efectivação da responsabilidade civil da Administração Pública".

O Presidente acrescentou que "Portugal tem o dever de proceder a tal avaliação e de forma rápida, atendendo à dimensão expecional dos danos pessoais, a começar no maior e mais pungente que é a perda de tantas vidas".

Marcelo deixou ainda um apelo "à coragem de aproveitarmos por uma vez uma tragédia para mudarmos de vida e rompermos com aquilo que estrutural esteve mal, não minimizando o que correu mal, não tentando fazer de conta que ela foi o que foi, antes mobilizando tudo e todos, mas mesmo todos".

Na abertura do 1.º Encontro para a Autoprotecção e Resiliência das Populações Locais, o Presidente deixou um agradecimento à associação "que representou e representa uma voz de justiça, de espírito comunitário e de militância cívica" e referiu-se ao relatório da comissão técnica independente sobre Pedrógão, "naturalmente limitado por tempo e decorrentes meios no retrato pormenorizado da situação, mas empenhado no esboço de pistas nas recomendações que formula". 

Marcelo mostrou-se expectante "relativamente a uma reflexão ponderada e exaustiva baseada no teor do relatório" porque "Portugal aguarda com legítima expectativa as consequências que o Governo irá retirar de uma tragédia sem precente na nossa história democrática".

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