Reacções à decisão de Trump sobre o acordo nuclear com o Irão

França, Reino Unido e Alemanha pedem aos EUA que evitem medidas que possam prejudicar o acordo nuclear com o Irão.

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Trump visto num telemóvel em Teerão Nazanin Tabatabaee Yazdi/REUTERS

O Presidente iraniano, Hassan Rouhani, reagiu na televisão, dizendo que o discurso de Donald Trump foi cheio de "acusações sem base nenhuma contra o seu país e que um acordo multilateral não pode ser revogado por uma das partes."

"A comunidade internacional não pode desmantelar um acordo nuclear que está a funcionar”, afirmou Federica Mogherini, a chefe da diplomacia da União Europeia. "Não se trata de um acordo bilateral. A comunidade internacional, e a União Europeia, indicou claramente que o acordo continua a vigorar", afirmou.

Já a Arábia Saudita saudou a mudança de política norte-americana. A agência noticiosa estatal SPA disse que o levantamento de sanções tinha permitido ao Irão, a potência regional rival, canalizar mais recursos financeiros para desenvolver o seu programa de mísseis balísticos e aumentar o apoio a grupos militantes xiitas, como o Hezbollah, que apoia o regime de Assad na guerra na Síria, e os Houthi, no Iémen, onde os sauditas estão envolvidos há anos numa guerra.

O Ministério dos Negócios Estrangeiros russo lamentou a decisão norte-americana de não certificar o acordo nuclear com o Irão. "Esta retórica agressiva e ameaçadora não tem lugar hoje na diplomacia internacional, e o seu destino é falhar", afirma um comunicado oficial de Moscovo. As sanções da ONU contra o Irão não poderão de maneira nenhuma ser renovadas, diz ainda a Rússia.

França, Reino Unido e Alemanha tomaram uma posição conjunta, pedindo aos EUA que pensem bem antes de tomar medidas que possam prejudicar o acordo nuclear com o Irão.

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