Advogados de Sócrates dizem que acusação é “romance vazio de factos e provas”

A defesa do antigo primeiro-ministro socialista referiu que a acusação é "infundada, insensata e insubsistente". José Sócrates foi acusado pelo Ministério Público de 31 crimes, incluindo corrupção passiva e branqueamento de capitais.

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O engenheiro Sócrates é um dos 28 arguidos (19 singulares e nove empresas) a quem foi deduzida acusação Enric Vives-Rubio

Os advogados de José Sócrates reagiram nesta quarta-feira à acusação do antigo primeiro-ministro, considerando-a “infundada, insensata e insubsistente”, repetindo que surge depois de terem sido “largamente ultrapassados todos os prazos da lei”. Os advogados João Araújo e Pedro Delille dizem que a imputação de 31 crimes no âmbito da Operação Marquês se destina a “reanimar, alimentar e a expandir a suspeição lançada sobre a pessoa e acção” do antigo primeiro-ministro socialista e do seu Governo.

Num comunicado enviado às redacções, a defesa de Sócrates afirma que “irá examinar detalhadamente o despacho e todos os elementos do processo”, adiantando ainda que serão usados “todos os meios do direito para derrotar” a acusação, que dizem ser um “romance vazio de factos e de provas”. 

Os dois advogados afirmam ainda que “não pode ser provado o que nunca aconteceu” e que mantiveram “absoluta confiança no direito” ao longo do processo, “mesmo quando os que o deviam guardar e acatar o violaram grosseiramente”. 

No âmbito da chamada Operação Marquês, o Ministério Público deduziu ainda acusação contra 27 outros arguidos, incluindo o ex-banqueiro Ricardo Salgado, o fundador do Grupo Lena Joaquim Barroca ou o antigo ministro socialista Armando Vara. 

Dos 31 crimes de que Sócrates é acusado, três dizem respeito a corrupção passiva, 16 a branqueamento de capitais, nove a falsificação de documento e três a fraude fiscal qualificada.

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