Premier League: rejeitada proposta de distribuição dos direitos de TV internacionais

Clubes mais ricos pretendem a maior fatia de um bolo que cresceu cerca de 500 por cento em dez anos.

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Carl Recine/Reuters

Os clubes da Premier League adiaram esta quarta-feira, em Londres, a discussão referente à distribuição das verbas provenientes da exploração dos direitos de transmissão televisiva internacionais.

Os seis emblemas mais “ricos” – Manchester City, Manchester United, Tottenham, Arsenal, Liverpool e Chelsea – pretendem que o impacto e mediatismo de cada clube seja reconhecido e devidamente reflectido na percentagem a atribuir de um bolo que nos últimos 25 anos foi equitativamente repartido por todos.

Inflacionados pelos mercados norte-americano e asiático (sobretudo o chinês), os valores em discussão para o triénio de 2019 a 2022 dispararam exponencialmente, cifrando-se actualmente na casa dos 1,100 milhões de libras (1,242 milhões de euros) – traduzindo um aumento de cerca de 500% em relação às verbas disponíveis há dez anos – o que contribui para uma ampla e acesa discussão, já que os seis “mais ricos” pretendem uma fatia consideravelmente mais generosa, atendendo a que é precisamente este pequeno grupo a funcionar como locomotiva de um negócio milionário.

A proposta apresentada pelo director executivo da Liga inglesa, Richard Scudamore, segundo a qual 35% da verba global deveriam ser repartidos com base na classificação das equipas, nem sequer foi submetida a votação, já que o plano apresentado não teve adesão por parte de 14 clubes, número necessário para obter a aprovação.

O tema deverá voltar a ser abordado no próximo encontro, previsto para Novembro, dos líderes dos clubes da Premier League. Resta saber até que ponto chegarão as cedências, sobretudo dos clubes menos poderosos, que poderão ter que sacrificar uma percentagem importante dos direitos televisivos internacionais, tendo como referência a fasquia dos 35%.

Steve Kaplan, accionista do Swansea, declarou à BBC, no final da reunião realizada em Stamford Bridge, que “todos se apresentaram nesta cimeira com as melhores das intenções”, mostrando-se optimista quanto a uma solução que possa servir os interesses da maioria, pelo que antecipa um debate franco e positivo já no próximo encontro. 

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