Ilda Figueiredo emociona-se na campanha ao encontrar-se com antiga trabalhadora têxtil

Candidata acredita que é possível a CDU eleger mais um vereador no Porto. Já Rui Moreira fez uma arruada na Baixa que foi pouco mobilizadora.

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Adriano Miranda
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A candidata da CDU à Câmara do Porto, Ilda Figueiredo, emocionou-se esta sexta-feira ao falar com uma antiga trabalhadora de uma empresa têxtil da cidade, conhecida por “Marinhos”, com quem se cruzou quando fazia campanha para as eleições autárquicas de domingo.

Ilda Figueiredo abordou uma mulher que passava na Rua de Sá da Bandeira, na Baixa do Porto, para lhe entregar o programa eleitoral com que se candidata para dizer que o “voto na CDU é sempre importante”. A antiga trabalhadora respondeu-lhe que o voto seria seu porque há muito tempo a sua intervenção foi importante na luta que as trabalhadoras travaram contra o dono de uma fábrica, ocupando a empresa na tentativa de a salvar. Nessa altura, nos anos 70, Ilda Figueiredo estava no Sindicato dos Trabalhadores da Indústria Têxtil e apoiou as trabalhadoras que, anos mais tarde, acabariam por ganhar a queixa que apresentaram contra o patrão em tribunal.

Quase 40 anos depois as duas mulheres encontraram-se e Ilda Figueiredo não escondeu a emoção que sentiu ao reencontrar esta antiga trabalhadora da fábrica. “O que aqui está em causa é esta solidariedade muito forte que ficou para toda a vida por a termos apoiada numa luta que foi dura mas que foi vitoriosa e ela não esqueceu isso”, contou a candidata aos jornalistas.

Quanto à campanha, a candidata comunista mostra-se satisfeita e partilha que sentiu “simpatia, solidariedade e também reconhecimento da importância da CDU no executivo municipal". E acrescentou: "Estou convicta que vamos ter um bom resultado porque as pessoas reconhecem o nosso trabalho, a nossa competência e a nossa honestidade, mas também as nossas propostas”.

Ilda Figueiredo está optimista quanto ao resultado destas eleições e afirma que “uma boa votação será o reforço dos votos dos eleitos na câmara, na assembleia municipal e nas freguesias”.

Quanto a eventuais entendimentos futuros, afasta-os, declarando: “Nós não fazemos compromissos nas costas do povo”. Adianta, no entanto, que votará as propostas que considere serem boas para a cidade, venham elas de onde vierem.

Quando Ilda Figueiredo foi para o terreno, o candidato independente, Rui Moreira, tinha acabado há pouco tempo uma arruada pela Baixa do Porto, mas que foi pouco mobilizadora.

Moreira com “vontade de continuar”

A comitiva saiu da sede de campanha, na Avenida dos Aliados, passou pelas ruas de Sá da Bandeira e Alexandre Braga, passando por Santa Catarina em direcção à Batalha.

Na companhia do candidato à assembleia municipal e de algumas dezenas de apoiantes, o cabeça de lista do movimento independente Porto, o Nosso Partido falou aqui e ali com algumas pessoas, mas a sua passagem esteve longe de envolver os portuenses.

Desafiado a fazer um balanço da sua campanha eleitoral, Rui Moreira mostrou-se “muito satisfeito” pela forma como decorreu e destacou o “apoio” que encontrou na rua. “As pessoas estão muito satisfeitas, muito tranquilas e muito orgulhosas da cidade que têm, e isso, naturalmente, dá-nos uma enorme alegria e também vontade de continuar”, declarou aos jornalistas, mostrando se preocupado com a abstenção.

A propósito, reafirmou que "normalmente os maus políticos são eleitos por bons eleitores que ficaram em casa no dia das eleições".

Recusando-se a comentar os resultados da sondagem da Eurosondagem divulgada esta sexta-feira que lhe dá a vitória, o candidato fez, no entanto, questão de dizer que a sua candidatura está à espera "que a Entidade Reguladora para a Comunicação Social se pronuncie, e de preferência até à abertura das urnas", sobre a queixa que apresentou contra a sondagem "com truques" realizada pela Universidade Católica de Lisboa e que lhe dá um empate técnico com Manuel Pizarro, candidato do PS à Câmara do Porto.

"É isso que se espera do regulador mas, naturalmente, nós não vamos pressionar ninguém", afirmou. 

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