Pizarro diz que não precisa de maioria absoluta no domingo

Candidato socialista declara que “ainda está por justificar qual foi a verdadeira razão”, pela qual o acordo entre o PS e Rui Moreira não pode chegar ao fim

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Pizarro andou em campanha pela cidade Paulo Pimenta
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Ao contrário de Rui Moreira, o candidato socialista à Câmara do Porto, Manuel Pizarro, declarou esta quinta-feira que não precisa de maioria absoluta para governar a cidade, apenas precisa que a maioria dos portuenses vote no PS no domingo.

“Eu não preciso de maioria absoluta, eu preciso apenas é que a maioria dos cidadãos do Porto vote no PS para que eu seja presidente da câmara e que a equipa extraordinária que me rodeia possa governar a cidade”, declarou Manuel Pizarro no meio de uma concorrida arruada na Rua de Santa Catarina, na Baixa do Porto, onde se viam caras conhecidas que há muito não apareceriam publicamente em iniciativas de campanha do partido.

Rodeado por centenas de apoiantes, Manuel Pizarro sossegou os portuenses ao afirmar que os “socialistas já demonstraram que são capazes de dialogar com todos e de encontrar as plataformas necessárias para uma governação tranquila na cidade do Porto”.

Reafirmando a sua “surpresa com o tom da crispação da campanha do dr. Rui Moreira”, o vereador socialista, que foi muito acarinhado pelos cidadãos do Porto, acusou o candidato independente e actual presidente da Câmara do Porto de ter começado a campanha a “atacar as forças partidárias, mas deixando sempre de fora o CDS porque esse CDS é inatacável no discurso do dr. Moreira, depois começou a atacar os jornalistas e a agora acaba a atacar as empresas de sondagens porque, pelos vistos, os resultados não lhe agradam”. “O resultado que me agradará é vencer no próximo domingo quando os portuenses forem às urnas”, assumiu.

Apesar de acreditar que o PS pode ganhar as eleições autárquicas no Porto no domingo, para já Pizarro diz estar “mais concentrado” em apresentar “pela positiva as suas “ideias para o Porto do que andar a fazer ataques abstractos a inimigos imaginários”.

De resto, o candidato fez questão de afirmar que “ainda está por justificar qual foi a verdadeira razão pela qual este acordo [o entendimento entre o PS e Rui Moreira para a governação da câmara] não pôde chegar até ao fim”. E atirou: “Temos assistido a uma enorme animosidade do dr. Rui Moreira para com o PS e a uma gigantesca complacência para com o CDS que conseguiu tomar conta das listas de Rui Moreira e pelos vistos da sua estratégia também”.

Além dos abraços e dos beijinhos próprios em épocas de eleições, o candidato do PS à Câmara do Porto, ofereceu centenas e centenas de rosas vermelhas às pessoas, sempre assessorado por Rosa Mota e Pedro Nuno Santos.

À hora em que Manuel Pizarro se lançava na arruada, Rui Moreira terminava a sua segunda acção de campanha desta quinta-feira. De manhã, o candidato independente esteve na Ribeira onde visitou três habitações recuperadas pela Câmara do Porto, permitindo, desta forma, o regresso ao centro histórico de pessoas que nasceram nesta zona da cidade.

"Quando tomei conta do pelouro [da Habitação] havia que definir os critérios para atribuição destas casas. Resolvemos criar uma situação de excepção e dar preferência aos moradores que tinham saído do centro histórico. Já atribuímos 32 casas desde final de Maio", contabilizou.

 Num curto passeio até à ponte Luíz I, o presidente da câmara foi aplaudido e saudado pelas vendedoras do mercado local, que gritaram "Rui Moreira é o maior presidente”.

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