Jerónimo pede mais votos na CDU pelo SNS

Líder comunista declarou a solidariedade com as reivindicações e posições de médicos e enfermeiros, protagonistas recentes de greves por melhores condições de trabalho.

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LUSA/TIAGO CANHOTO

O líder comunista voltou esta sexta-feira a pedir mais votos na CDU para fortalecer a "luta" pelo Serviço Nacional de Saúde (SNS), tal como fazem médicos e enfermeiros, os quais considera estarem também a defender aquele serviço público.

Num jantar-comício autárquico em Santiago do Cacém, Jerónimo de Sousa declarou a solidariedade com as reivindicações e posições de médicos e enfermeiros, protagonistas recentes de greves por melhores condições de trabalho.

"Por insistência da CDU foi possível contratar mais médicos e enfermeiros para o SNS, mas a falta de médicos, enfermeiros e outros profissionais de saúde, a degradação e o encerramento das instalações e serviços, bem como as intermináveis listas de espera, não acabaram e tornam-se ainda mais insuportáveis, quando largas camaradas da população portuguesa vivem numa situação de grandes dificuldades económicas", afirmou o membro da coligação autárquica que junta comunistas, ecologistas e independentes.

Os sindicatos médicos anunciaram que vão realizar greves rotativas por regiões em Outubro e uma paralisação nacional em Novembro. As greves regionais começam em 11 de Outubro na região norte, seguindo-se a região centro em 18 de Outubro e a região sul em 25 de Outubro, estando uma paralisação nacional marcada para 08 de Novembro.

"Um conjunto de problemas que tem levado os profissionais de saúde à greve, como as que foram anunciadas nos últimos dias" pelos enfermeiros e, "ainda hoje, pelos médicos - lutas que, para além das razões profissionais que as justificam, visam também defender o SNS e melhorar o acesso aos cuidados de saúde. Sim, compreendemos e somos solidários com estas lutas porque não há um verdadeiro SNS sem dignificação e valorização dos seus profissionais", disse o líder do PCP.

Jerónimo de Sousa, entre outras iniciativas e medidas, recordou que, "fruto da intervenção decisiva do PCP, no seguimento das muitas lutas travadas pelas populações pelo direito à saúde, foi já possível avançar, no plano nacional, na redução do valor das taxas moderadoras e aumentar o número de pessoas isentas dessas taxas" - "uma poupança para as famílias portuguesas de mais de 40 milhões de euros".

Santiago do Cacém é uma das 11 autarquias que sempre foram lideradas por colectivos comunistas, desde há 40 anos, tal como Almada, Arraiolos, Avis, Castro Verde, Moita, Montemor-o-Novo, Mora, Palmela, Seixal e Serpa.

A CDU tem como cabeça-de-lista no concelho o actual presidente da Câmara Municipal, o independente Álvaro Beijinha, que venceu há quatro anos, quando substituiu o anterior edil Vitor Proença. Proença, que então excedera o limite de mandatos venceu na vizinha Alcácer do Sal e também se recandidata aquele município a 1 de Outubro.

"Apoiar a CDU é prolongar a persistente luta das populações, das marchas, das concentrações, das vigílias, dos abaixo-assinados, das petições, organizadas sempre com o apoio das autarquias da CDU, em defesa do seu hospital. É, como diz a nossa juventude CDU, levar essa luta até ao voto", argumentou ainda o secretário-geral comunista.

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