Passos anuncia que PSD vai propor revogação das alterações à lei da imigração

Líder social-democrata também quer que o ministro da Defesa esclareça qual a proposta que Portugal irá apresentar este mês na Comissão Europeia em relação ao mecanismo de cooperação reforçada de segurança e defesa.

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Passos Coelho anda em campanha no distrito de Braga LUSA/MIGUEL A. LOPES

O líder do PSD, Pedro Passos Coelho, anunciou nesta quarta-feira que o partido vai apresentar na Assembleia da República uma proposta para revogar as alterações introduzidas pelo Governo à lei da imigração.

"Dei hoje mesmo indicação ao líder parlamentar para que o PSD viesse a apresentar na Assembleia da República uma proposta para revogar as alterações introduzidas por este Governo na lei da imigração", afirmou Passos Coelho, no final de uma acção de campanha autárquica em Amares (Braga).

Por outro lado, o líder social-democrata desafiou o ministro da Defesa, Azeredo Lopes, que hoje estará presente na comissão parlamentar, a esclarecer qual a proposta que Portugal irá apresentar este mês na Comissão Europeia em relação ao mecanismo de cooperação reforçada de segurança e defesa.

"Eu acho que o ministro não pode ir ao Parlamento e não responder, seria uma falta de ética republicana total que ocultasse dos portugueses e do parlamento o que pretende apresentar na Comissão Europeia. O Governo pode ser liderado pelo PS, mas o país não é do PS, temos o direito a saber o que está a preparar nesta matéria", disse.

Passos Coelho, que já fez este desafio ao Governo por várias vezes, lamentou o "silêncio arrogante" do executivo e alertou que esta matéria também tem consequências orçamentais.

"O Governo tem dado imensas informações em matéria orçamental. E em relação à defesa? Há compromissos, eles estão salvaguardados com PCP e BE?", questionou.

Sobre a matéria de imigração, Passos Coelho reiterou às críticas às alterações introduzidas - por proposta do BE e aprovadas em julho no parlamento -, e que prevêem por exemplo, que sejam concedidos visto de residência com base em promessas de contratos de trabalho.

"Parece-me muito claro, perante sinais que já existem, que a quebra de consenso que foi estabelecida pela esquerda mais radical com o apoio do Governo nesta matéria não é boa para o futuro do país e para a nossa segurança", disse.

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