Retirada de portugueses das Caraíbas vai prolongar-se até domingo

Avião da Força Aérea vai transportar turistas e emigrantes portugueses apanhados pelo Irma.

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O furacão Irma transformou-se na segunda-feira em tempestade tropical Reuters/MARK MAKELA

A operação de retirada dos portugueses que se encontram Caraíbas, e que solicitaram apoio às autoridades por causa do furacão Irma, pode prolongar-se até domingo, avisou o secretário de Estado das Comunidades, que se desloca nesta terça-feira a Guadalupe.

José Luís Carneiro referiu que os serviços consulares já contactaram pelo menos 370 turistas portugueses que estão retidos em Cuba e que poderão regressar a Portugal a partir desta terça-feira. "As pessoas estão assustadas, como é natural, mas estão bem", afirmou o governante.

Para já, a partir de Guadalupe, chegaram "seis adultos e seis crianças" com residência em Vila Verde e Braga, que vieram via Paris e já estão no Porto, indicou José Luís Carneiro, salientando que as autoridades nacionais pagaram as despesas da viagem entre França e Portugal, cabendo o resto à cooperação europeia.

Em Saint-Martin (uma possessão dividida por franceses e holandeses nas Antilhas, também conhecida como São Martinho), uma das ilhas mais atingidas pelo furacão, está um grupo de 16 portugueses que deve "sair num avião alemão", no âmbito das parcerias da União Europeia.

A pista naquela ilha é muito pequena e só podem operar aviões de pequeno porte pelo que o C-130 português que foi colocado pela Força Aérea ao serviço destas operações de resgate irá fazer o transporte a partir de Guadalupe.

"Estamos preparados para um grupo de meia centena de portugueses em Guadalupe", vindos principalmente de Saint-Martin e Saint Barthélemy. Nesta última ilha existe uma importante comunidade portuguesa que recebeu recomendações para se deslocar para Guadalupe. "Sabemos que muitos estão a vir ainda e vamos aguardar. Quando tivermos as coisas organizadas, o nosso avião irá buscá-los", explicou o secretário de Estado.O avião português está em Belém do Pará a aguardar instruções para se deslocar para o local.

Caso existam mais portugueses que a capacidade do C-130, a Secretaria de Estado das Comunidades está em contacto com operadores parceiros da TAP para fazer o transporte via voos comerciais.

O balanço da passagem do furacão Irma pelas Caraíbas foi um dos mais pesados na história recente da região, com o registo de pelo menos 40 vítimas mortais.

O Irma - qualificado pela Organização Mundial de Meteorologia como o furacão mais forte de sempre no Atlântico - enfraqueceu na segunda-feira ao atravessar o estado norte-americano da Florida, perdendo a designação de furacão e passando a ser classificado como depressão tropical.
 

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