Carlsen caiu na Taça do Mundo em ronda de hecatombe dos favoritos

Grau de dificuldade desta edição da prova, que reúne o elenco mais forte de sempre, está a contribuir para algumas surpresas.

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Reuters/VINCENT WEST

Ainda não será desta que Magnus Carlsen conseguirá reunir a posse dos dois mais importantes troféus individuais do xadrez, com o vencedor do Mundial e número um do ranking a cair na terceira eliminatória da Taça do Mundo, em Tbilisi, Geórgia, perante o chinês Bu Xiangzhi.

Carlsen, que até aqui tinha um percurso perfeito, foi surpreendido pelo chinês com um sacrifício de bispo que expunha o seu rei a um perigoso ataque. O norueguês podia ter forçado a repetição da posição, mas preferiu aceitar o repto, tentando parar a iniciativa de Bu para mais tarde fazer valer a vantagem material. No entanto, gastaria muito tempo na procura dessa solução, o que viria a ser-lhe fatal.

Obrigado a vencer na segunda partida e jogando de negras, igualar o encontro era tarefa muito difícil e, apesar dos esforços para criar complicações, perante o jogo preciso do adversário o campeão do mundo teve de se resignar a uma eliminação precoce nesta Taça do Mundo que reúne o mais forte elenco de sempre.

Talvez por isso mesmo o número de favoritos a serem eliminados tem sido anormalmente alto, perante jogadores considerados de segunda linha, mas de grande qualidade e que têm aqui a oportunidade de obter o passaporte para os principais torneios.

Já na segunda ronda quatro destacados nomes tinham ficado pelo caminho: o detentor do troféu, o russo Sergei Karjakin, dois antigos vencedores desta prova, o indiano Anand e o israelita Gelfand, e ainda o azerbaijano Shaktiar Mamediarov. E na terceira eliminatória a razia acentuava-se com o afastamento dos russos Vladimir Kramnik e Ian Nepomniachtchi, dos norte-americanos Fabiano Caruana e Hikaru Nakamura e ainda do chinês Li Chao.

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