Um encontro inédito com muitos “velhos” conhecidos

Sporting entra em acção na Liga dos Campeões frente ao campeão grego Olympiacos, que tem muita gente que já jogou em Portugal.

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O treino de ontem do Sporting, já na Grécia ALKIS KONSTANTINIDIS/REUTERS

O Sporting entra na Liga dos Campeões 2017-18 frente a um adversário que nunca enfrentou e num país que nunca visitou. Hoje, na 1.ª jornada do Grupo D, os “leões” jogam pela primeira vez na Grécia e frente ao Olympiacos, o campeão helénico em título e vencedor de 13 das últimas 15 edições da Liga grega. Pode ser um jogo que nunca aconteceu em competições europeias, mas o Sporting irá reencontrar muitos “velhos” conhecidos da Liga portuguesa, muito por causa dos quatro treinadores portugueses que o Olympiacos teve nos últimos cinco anos.

Não está lá nenhum agora — os gregos são orientados pelo albanês nascido no Kosovo Besnik Hasi —, mas as presenças de Leonardo Jardim, Vítor Pereira, Marco Silva e Paulo Bento continuam bem presentes no plantel da equipa do Pireu. Para começar, há dois portugueses no plantel, embora só um esteja inscrito na lista da Champions. O lateral esquerdo Diogo Figueiras deverá ser titular nesta noite, enquanto André Martins, antigo médio formado na Academia de Alcochete, ficou de fora da lista. Neste plantel muito diverso (tem jogadores de 15 nacionalidades), estão ainda nomes como o do marroquino ex-Benfica Mehdi Carcela-González, do colombiano ex-Sp. Braga Felipe Pardo e do brasileiro Sebá, ex-jogador do FC Porto e do Estoril-Praia.

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É entre os “ex-portugueses” que Jorge Jesus identifica alguns dos maiores perigos do Olympiacos. “É uma equipa criativa. Fortounis, o Carcela, o Sebá. Conhecemos todos eles e sabemos que o Olympiacos tem jogadores com fantasia. Mas acreditamos que temos todas as capacidades para fazer um bom jogo e vencer”, diz o técnico, que, ao contrário do Sporting, já defrontou o Olympiacos, quando estava no Benfica — foi na fase de grupos da Champions em 2013-14, com um empate na Luz (1-1) e uma derrota na Grécia (1-0).

De uma coisa Jesus não tem dúvidas: o jogo no Pireu vai ser difícil e num ambiente “quente”. “É verdade que o ambiente pode ter alguma influência para os jogadores do Olympiacos, mas também tem para os jogadores do Sporting. É importante, mas o que é determinante é a qualidade das equipas e dos jogadores. Sabemos que vamos passar por momentos complicados, e que vamos ser apertados”, reconheceu Jorge Jesus, que não desfez a dúvida sobre se irá utilizar Piccini (que se lesionou frente ao Feirense) ou promover a estreia de Ristovski.

Voltar a começar bem

Se o Sporting ultrapassou com assinalável sucesso o FCSB no play-off, tem agora a missão de voltar a começar bem uma fase de grupos, o que nem sempre aconteceu no passado. Esta será a oitava vez que os “leões” entram na fase de grupos e, nas sete anteriores, só por duas vezes começaram a ganhar. Em 1997-98, triunfaram sobre o Mónaco por 3-0 em Alvalade e, em 2006-07, ganharam ao Inter Milão, também em casa,  por 1-0. Empates a abrir foram dois, em 2000-01 em casa com o Real Madrid (2-2) e em 2014-15 na Eslovénia, com o Maribor (1-1).

Num grupo com dois “tubarões”, muitas das possibilidades do Sporting em seguir em frente passam pelos jogos com o campeão grego. Mas Jesus garante que o Sporting não se irá encolher quando for a hora de jogar com a Juventus ou o Barcelona: “Na Champions, não há favoritismos nesta fase. Quando jogar com o Barcelona, não vou olhar para o Barcelona como se fosse favorito: isso vê-se dentro de campo.”

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