Catarina Martins acusa Passos de "cinismo" e Cristas de "hipocrisia"

"Uma pessoa com dois dedos de testa desmascara logo Passos e Assunção Cristas", afirmou a líder do Bloco na Madeira, em campanha autárquica.

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LUSA/HOMEM DE GOUVEIA
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A coordenadora do Bloco de Esquerda considerou este domingo no Funchal, que qualquer pessoa com "dois dedos de testa" consegue desmascarar o "cinismo" de Passos Coelho é a "hipocrisia" de Assunção Cristas. "O cinismo de Pedro Passos Coelho, quando espera que tudo corra mal ao país, porque não tem nenhuma ideia para o futuro, ou a hipocrisia de Assunção Cristas, quando diz que quer baixar todos os impostos, que quando esteve no Governo só soube subir, são desmascarados facilmente por uma pessoa com dois dedos de testa", argumentou Catarina Martins. A líder do BE intervinha na apresentação dos candidatos da coligação Confiança (PS/BE/JPP/PDR/Nós) à assembleia municipal do Funchal e insistiu que nestas eleições a única opção está à esquerda. "É a única que tem ideias para o país", vincou, dizendo que, quando a direita diz “que não pode ser de outra forma”, é certo que vai perder.

Para Catarina Martins, a direita oscila entre dois discursos. Ou espera que tudo corra mal, "como se só o mal do país pudesse ser o seu bem", ou promete aquilo que nunca fez e que sempre combateu.

No Funchal, onde há quatro anos a esquerda, com excepção do PCP, se uniu em torno do independente Paulo Cafôfo para roubar a câmara ao PSD, o Bloco vê semelhanças no discurso. "Vemos o mesmo PSD que governou tanto tempo e tão mal, com uma candidata que foi vereadora com tantas responsabilidades, protagonista do passado, dizer agora que vai fazer tudo diferente", afirmou, concluindo: "Nós sabemos que isso tem um nome: hipocrisia."

Antes, e no final de um périplo pela ilha, que a levou a acompanhar iniciativas autárquicas do Bloco em Machico, Câmara de Lobos e Santa Cruz, Catarina Martins ouviu Paulo Cafôfo pedir a maioria absoluta.

"Não vamos recuar, vamos ganhar com maioria absoluta", disse o candidato, garantindo que a postura da autarquia, que governou nos últimos quatro anos com maioria relativa não vai mudar. "Este projecto não é da Catarina, do Rodrigo [Trancoso, candidato à Assembleia Municipal], ou do Cafôfo. É um projecto de toda a cidade do Funchal", frisou, percorrendo o que mudou neste mandato e os investimentos que serão prioritários nos próximos anos: habitação e requalificação urbana.

"É importante termos memória. Não podemos recuar ao passado, a uma política que não estava ao serviço das pessoas", vincou, depois de Rodrigo Trancoso ter passado em revista as mudanças "democráticas" efectuadas na Assembleia Municipal, e ter criticado as propostas financeiras da candidata do PSD, Rubina Leal, que diz não baterem certo com as contas da câmara. "Queremos ignorantes à frente da câmara? Julgo que não."

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