Sistema de carros partilhados da Brisa arranca em Setembro com 211 viaturas

Lisboa é a nova cidade na lista das que têm o serviço de carros partilhados da empresa alemã DriveNow. A parceria entre a Brisa e a Drive Now coloca na capital 211 viaturas, com o projecto que teve um investimento de 5 milhões de euros.

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Novo serviço de carros partilhados foi apresentado esta quarta-feira Mário Lopes Pereira

A partir de 12 de Setembro Lisboa passa a contar com um novo serviço de carros partilhados. Depois do falhanço do projecto Mob Car-sharing, que envolveu a Carris, o mercado foi entretanto ocupado pela CityDrive que passa a contar com um concorrente, a DriveNow, empresa alemã que, em parceria com a Brisa, estreia na península íberica o seu serviço de carsharing já disponível em vários países, e que na capital portuguesa irá cobrir uma zona de 48 quilómetros quadrados.

A DriveNow vai ter em Lisboa 211 viaturas, das quais 11 são eléctricas. Todas serão renovadas anualmente. O objectivo deste projecto é reduzir o espaço utilizado na cidade pelos automóveis particulares e facilitar a mobilidade das pessoas. “Esta é uma operação que pensamos que é muito relevante, que vai ter um impacto com significado, que requer ainda uma aprendizagem dos conceitos, da forma como tudo isto pode ser utilizado”, disse Pedro Rocha e Melo, vice-presidente da Brisa durante a apresentação do projecto, que aconteceu nesta quarta-feira.

Ao abordar os veículos eléctricos, João Oliveira, director do projecto em Portugal, refere que a adesão a este tipo de carro ainda não é imediata. “Nós temos sentido em outras cidades que não é fácil os clientes aderirem aos veículos eléctricos, portanto há aqui uma fase de transição que todos temos que a fazer.”

A DriveNow vai cobrir uma zona de 48 quilómetros quadrados. “Essencialmente, a área de Lisboa é da Segunda Circular, numa primeira fase, para dentro,” explicou João Oliveira. O serviço não estará disponível na zona de Olivais-Chelas. “Estas decisões são essencialmente para cumprirmos rácios da distribuição dos veículos em função do número de habitantes. A área de operações pode evoluir, mas não podia deixar de lembrar que o carsharing é essencialmente uma solução de mobilidade urbana e, portanto, as evoluções serão dentro da cidade de Lisboa”, acrescenta.

É a partir da aplicação DriveNow Carsharing que reservamos a viatura, abrimos e fechamos as portas e encontramos o carro. Este é o primeiro serviço da empresa que não utiliza cartões, sendo estes apenas necessários no uso dos veículos eléctricos. Com opções que nos permitem verificar os danos, abrir o carro a 150 metros deste e dar indicações ao veículo para que este acenda as luzes quando estivermos perto, é com a aplicação que obtemos o código para ligar o carro. Esta encontra-se disponível para Android e iOS, mas primeiro terá que efectuar o registo na página da DriveNow.

A inscrição é gratuita até 12 de Setembro, data em que o serviço entra em funcionamento, e inclui a oferta de vinte minutos de condução. Depois desta data, a inscrição terá o custo de dez euros e oferece 30 minutos gratuitos de condução. João Oliveira referiu ainda que em Outubro será acrescentada uma opção para empresas.

Quanto ao preço por minuto de uso da viatura, este varia consoante o modelo. Caso escolha um dos três modelos de MINI, o custo será de 29 cêntimos por minuto, . O valor aumenta com os dois modelos de BMW. Para a versão eléctrica, o custo será de 34 cêntimos por minuto e, para a outra versão, de 31 cêntimos por minuto. Até dia 12 de Outubro decorre o período de promoção, durante o qual o custo é de 29 cêntimos por minuto para todos os modelos, o que vai permitir à empresa estudar quais os carros mais usados.

Durante a sessão de apresentação do projecto foram dados três exemplos do preço relativo a três viagens. De Belém ao Cais do Sodré, em 14 minutos, o valor a pagar seria 4,06 euros. Do Parque das Nações ao Saldanha, em 26 minutos, o custo seria de cerca de sete euros. Para quem quiser ir para o aeroporto, o serviço está disponível com a tarifa fixa de cinco euros. No entanto, esta opção não estará disponível no lançamento do serviço.

Ao contrário do CityDrive, em que o cliente pode estacionar o carro em qualquer ponto da área abrangida, a DriveNow estabeleceu zonas autorizadas. O serviço inclui uma tarifa de “Park & Keep” para quem tem que fazer uma paragem sem terminar a viagem.

A DriveNow, empresa de carsharing que resultou da joint venture do BMW Group e a Sixt SE, está em 13 países, incluindo Portugal, no qual o projecto teve um investimento na ordem dos cinco milhões de euros. Conta com 960 mil utilizadores na Europa.

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