Lucro semestral do grupo Crédito Agrícola sobe para 47 milhões

Os recursos de clientes sob a forma de depósitos bancários totalizaram 11,9 mil milhões de euros e registaram um crescimento homólogo de 7,3%

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O presidente do conselho de administração executivo da Caixa Central, Licínio Pina LUSA/MÁRIO CRUZ

O resultado líquido consolidado do Crédito Agrícola aumentou para 46,9 milhões de euros no primeiro semestre, face a 2,4 milhões de euros registados do período homólogo de 2016, tendo o negócio bancário contribuído com uma subida de 90%, divulgou o grupo esta segunda-feira, 28 de Agosto.

Em comunicado, o grupo Crédito Agrícola (CA) adianta que, até Junho, o resultado líquido do negócio bancário (SICAM) somou 43,6 milhões de euros, quase o dobro dos 22,9 milhões de euros do primeiro semestre do ano passado.

A 30 de Junho de 2017, a carteira de crédito (bruto) a clientes do grupo era de 9,017 mil milhões de euros, uma variação homóloga positiva de 5,7% que, destaca a gestão da instituição financeira, “contrasta com a variação negativa de 3,8% registada pelo conjunto das instituições financeiras em Portugal para o mesmo período”.

Segundo refere, este facto “terá contribuído para o reforço de quota de mercado do grupo, num movimento que se verifica nos últimos seis anos consecutivos”.

No final do primeiro semestre, o grupo Crédito Agrícola apresentava um nível de solvabilidade consubstanciado pelo rácio “common equity tier 1" (CET1) de 13,06%, valor que considera “confortável” e “francamente superior aos níveis mínimos recomendados”.

Os recursos de clientes sob a forma de depósitos bancários totalizaram 11,9 mil milhões de euros e registaram um crescimento homólogo de 7,3% correspondente a 815 milhões de euros, tendo contribuído para o aumento do rácio de transformação para 70,0%, “ainda assim significativamente abaixo do limiar máximo de transformação recomendado (120%)”.

Reportando uma “dinâmica muito positiva em todas as áreas de negócio” da actividade bancária, o grupo refere ter chegado ao final do primeiro semestre com um rácio de crédito vencido há mais de 90 dias de 5,9% e um rácio de crédito em risco de 9,1%.

“O grupo tem vindo a dar continuidade a uma gestão sã e prudente, reflectida num total de imparidades acumuladas a Junho de 2017 de 674 milhões de euros, valor que confere um folgado nível de cobertura do crédito vencido de 122,5%”, sustenta no comunicado.

Em termos de composição do produto bancário, a margem financeira aumentou 2,5 milhões de euros em termos homólogos (mais 1,5%), “fruto do crescimento da carteira de crédito e do ajustamento na remuneração dos depósitos de clientes”, enquanto as comissões líquidas e a margem técnica do negócio segurador registaram variações homólogas positiva em 4,8 milhões de euros (mais 11,8%) e negativa em 0,2 milhões de euros (menos 2,6%), respectivamente.

Em Junho, a rentabilidade dos capitais próprios (ROE) do grupo CA situou-se nos 7,2%, sendo esta atribuída aos “resultados positivos conseguidos nas diferentes componentes do grupo (Caixas Agrícolas, Caixa Central, companhias de seguros vida e não vida e gestão de activos e fundos de investimento)”, com contributos positivos de 4,3 milhões de euros da CA Vida, de 2,1 milhões de euros da CA Seguros e de 0,1 milhões de euros da CA Gest.

Nos primeiros seis meses de 2017, os resultados registados nos veículos de desinvestimento imobiliário (nomeadamente via desvalorização de unidades de participação) penalizaram os resultados consolidados em 11,0 milhões de euros.

O grupo CA dispõe actualmente de uma rede bancária de 670 agências em Portugal, tendo encerrado cinco agências nos últimos 12 meses.

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