Contratação de funcionários não-docentes para as escolas fica "aquém das expectativas"

O Ministério da Educação anunciou esta segunda-feira a contratação de 250 funcionários. Filinto Lima considera que o número fica aquém das expectativas e das necessidades dos estabelecimentos escolares.

Foto
Paulo Pimenta

O presidente da Associação Nacional de Directores de Agrupamentos de Escolas, Filinto Lima, considerou esta segunda-feira positiva a contratação de 250 funcionários não-docentes para as escolas, mas advertiu que fica "aquém das expectativas e das necessidades".

"Temos que ver nesta medida algo positivo porque as escolas públicas portuguesas carecem, há alguns anos, de mais assistentes operacionais, mais funcionários", disse à Lusa Filinto Lima. Contudo, acrescentou, "fica aquém das expectativas e das necessidades dos directores e das escolas".

"Lembro-me que no início do ano lectivo a Fenprof dizia que faziam falta 6000 funcionários, eu acho um exagero. Em Novembro, o ministro atribuiu às escolas 300 funcionários, acho que foi muito pouco. No meio é que está a virtude", comentou.

Filinto Lima considerou que se está a caminhar para "ter um número razoável de funcionários", mas ainda está longe das necessidades das escolas. "Eu espero que a portaria de rácios, que segundo o ministério está a ser ultimada, tente refletir o resto, que ainda é bastante, das necessidades que as escolas têm de funcionários", rematou.

O Ministério da Educação anunciou esta segunda-feira que vai avançar com a contratação de mais 250 assistentes operacionais para as escolas, um reforço que visa responder "a necessidades prementes indicadas pelos estabelecimentos de ensino para o ano lectivo de 2017-2018, à semelhança do que aconteceu há um ano, quando se procedeu a um primeiro reforço de 300 destes trabalhadores".

Caberá às escolas o procedimento de contratação, com o respectivo lançamento de concursos", informa o Ministério da Educação em comunicado.

A contratação de mais assistentes operacionais era uma reivindicação de directores e sindicatos, que, ao longo do último ano lectivo, promoveram manifestações e greves, tendo por base essa exigência.

"Paralelamente, está, neste momento, em fase de conclusão a revisão da portaria do rácio de alunos por assistente operacional - uma vontade há muito manifestada pelas escolas - com a qual o actual Governo se empenhou", acrescenta o comunicado da tutela.

O ministro da Educação, Tiago Brandão Rodrigues, já tinha garantido em Maio, no parlamento, que haveria no próximo ano lectivo um reforço do número de assistentes operacionais nas escolas.

Sugerir correcção
Comentar