Chivukuvuku acredita na vitória em Angola

Ex-dirigente da UNITA conseguiu reunir uma coligação que disputa o papel de maior partido da oposição.

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Depois de tentar mudar a UNITA por dentro saiu para formar o seu partido Siphiwe Sibeko/Reuters

Cansado da UNITA, Abel Epalanga Chivukuvuku fundou em 2012 a sua própria organização política, a Coligação Eleitoral Convergência Ampla de Salvação de Angola, que em meros cinco meses se tornava na terceira força do país, elegendo oito deputados. Agora, nas segundas eleições a que se apresenta, promete “acabar com a fome em cinco anos e erradicar a pobreza extrema em dez anos”, o que diz ser possível se “os imensos recursos políticos do país forem aplicados em benefício dos angolanos”.

Outras ideias fundamentais da CASA passam pela introdução de municípios, com as eleições para estes serem criados a começarem o mais depressa possível (o MPLA promete o mesmo, mas para 2021), iniciando assim o que considera ser o urgente processo de descentralização num país com 18 províncias.

Durante anos, Chivukuvuku, nascido na província do Huambo, era o homem de quem se dizia estar a obrigar a UNITA a melhorar e a modernizar-se, tendo uma imagem mais jovem e um perfil mais comunicativo e urbano do que o líder Samakuva. Nelson Pestana diz que Chivukuvuku “sabe falar com as pessoas, faz uma política de afectos”. De voz dissonante do partido histórico passou a rival político e, aos 59 anos, acredita que pode chegar à presidência.

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