Fronteira entre Ceuta e Marrocos fechada perante aumento da pressão migratória

Medida vai durar uma semana. É a primeira vez que se aponta a pressão migratória como razão para o encerramento de postos fronteiriços entre o território espanhol e Marrocos.

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Só na madrugada de segunda-feira entraram de rompante 186 pessoas Reuters/STRINGER

Durante uma semana, os postos fronteiriços de Tarajal, entre Ceuta (Espanha) e Marrocos, estarão encerrados, impedindo o trânsito de pessoas e bens. Esta medida, anunciada pela Delegação do Governo de Ceuta em coordenação com as autoridades marroquinas, deve-se ao recente aumento da pressão migratória por parte de cidadãos da África subsariana, noticia o diário espanhol El País.

Não é a primeira vez que se encerra esta fronteira, mas “é a primeira vez" que se aponta como justificação o fluxo de cidadãos vindos dos países subsarianos, avança o El País, citando aquela delegação. A medida é anunciada depois de 186 pessoas terem passado a correr pelo principal posto fronteiriço de Tarajal, entrando no território espanhol de Ceuta na madrugada de segunda-feira. Ao todo, e desde o início do mês, 260 cidadãos de países subsarianos entraram irregularmente em Espanha por esta via.  

A medida vai manter-se vigente até 16 de Agosto, explica o diário espanhol. Quando o Tarajal I - o principal posto daquela fronteira - está aberto, passam por ali diariamente, e em média, 12.000 veículos e 3000 pessoas. Diariamente, as forças de segurança espanholas concentram-se na gestão deste fluxo. Com os postos encerrados, os agentes estão agora mobilizados a tempo inteiro para vigiar os oito quilómetros de fronteira entre Ceuta e Marrocos.

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