Trump ameaça Coreia do Norte com “fogo e fúria” nunca vistos

Presidente americano sobe o tom depois da reacção norte-coreana às sanções aprovadas pela ONU e de se saber que o programa nuclear norte-coreano é bem mais avançado do que se pensava.

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Reuters/JONATHAN ERNST

Donald Trump disse nesta terça-feira que se a Coreia do Norte voltar a ameaçar os EUA será brindada com “fogo e fúria como o mundo nunca viu”.

“É melhor que a Coreia do Norte não faça mais ameaças aos EUA. Vai enfrentar fogo e fúria como o mundo nunca viu”, afirmou o Presidente americano, citado pela Reuters, no seu clube de golfe, em Bedminster, Nova Jérsia.

As declarações de Trump, que está de férias, surgem depois de a Coreia do Norte ter dito que estava preparada para dar uma "lição severa" aos EUA na sequência de novas sanções e de um novo relatório mostrar que o desenvolvimento do programa nuclear norte-coreano é bem mais avançado do que se pensava.

A Coreia do Norte já consegue produzir ogivas nucleares que podem serem transportadas por mísseis balísticos, de acordo com um relatório norte-americano revelado pelo Washington Post. Este é considerado um dos passos mais importantes do programa nuclear norte-coreano e que a generalidade dos analistas julgava estar ainda longe do alcance do regime liderado por Kim Jong-un.

Estas declarações marcam uma nova subida de tom na tensão entre EUA e Coreia do Norte, depois de no sábado o Conselho de Segurança da ONU ter aprovado por unanimidade novas sanções contra o regime norte-coreano, que visam penalizar Pyongyang pelos dois testes de mísseis intercontinentais realizados em Julho. Os ensaios vieram demonstrar a capacidade de a Coreia do Norte conseguir atingir grande parte do território norte-americano.

O novo pacote de sanções foi descrito pela embaixadora dos EUA na ONU, Nikki Haley, como “as mais duras aplicadas a um país numa geração”.

A Coreia do Norte reagiu às sanções com novas ameaças. Utilizando a habitual retórica catastrofista, o Governo norte-coreano emitiu uma declaração em que diz que os EUA irão “pagar mil vezes por todos os seus crimes detestáveis” contra o país. Pyongyang garantiu ainda que não pretende desviar-se “um palmo sequer” das suas ambições nucleares, enquanto Washington continuar a representar um perigo para a segurança nacional.

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