Desta vez, é o lado criativo de Lisboa que é elogiado pela CNN (e comparado a Berlim)

Depois de ter merecido destaque em várias publicações internacionais, como o Telegraph ou a Monocle, Lisboa volta à ribalta internacional, agora pela mão da CNN . Desta vez, pela forma como a austeridade ajudou a criar o cenário cultural que se vive actualmente na capital portuguesa.

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O MAAT é caracterizado como sendo símbolo da “ambição de Lisboa para as artes" miguel manso

Lisboa está “em alta” – e deve-o, em grande parte, a “um cenário cultural e artístico que esteve, até há bem pouco tempo, mantido em segredo”. Quem o diz é a CNN – que já anteriormente elogiara a noite lisboeta e considerou que a cidade era a mais cool da Europa –, num artigo publicado esta segunda-feira em que é dado destaque ao lado cultural da capital portuguesa e à forma como conseguiu ultrapassar a crise e cativar artistas internacionais.

A inauguração do MAAT (Museu de Arte, Arquitectura e Tecnologia) em Outubro passado e o lançamento da ARCOlisboa em 2015 faz com que haja uma “nova energia na cidade”, que atrai criativos estrangeiros e amantes de arte, lê-se no artigo assinado pela jornalista Mairi Mackay. Lisboa é apresentada como o novo “hotspot cultural”, ainda que “a cidade esteja a recuperar da dura crise financeira que atingiu Portugal em 2010”.

Depois de várias outras publicações internacionais terem elogiado não só Lisboa como o país, a capital portuguesa é apresentada como uma cidade em que “os padrões da calçada e os eléctricos se agitam com o aumento do número de visitantes” e em que existe uma convivência dos locais culturais com “padarias tradicionais e restaurantes peculiares”.

E é comparada a Berlim: “A austeridade criou várias das condições que serviram de chamariz para artistas e criativos em Berlim nos anos 2000, como rendas baratas, a comida e edifícios vazios, aliados a uma população que fala bem inglês e que tem um forte cenário artístico”.

No artigo são destacados vários espaços artísticos, como a Galeria Filomena Soares, o estúdio Bregas, a Galeria Vera Cortês, a incubadora de arte Todos, e o MAAT, que é caracterizado como sendo um símbolo da “ambição de Lisboa para as artes”. O director do MAAT, Pedro Gadanho, explicou à CNN que os artistas vêm para a capital portuguesa porque andam à procura de espaços que fujam aos “de Berlim ou Londres, que se tornaram demasiado caros”. “Cada vez mais pessoas se apercebem de que têm um país que é seguro, que tem boa qualidade de vida e que está ligado ao centro europeu”, afirma.

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