Exército sírio ganha terreno no norte e centro do país

Forças do regime de Bachar al-Assad conquistaram Al-Soukhna, última localidade controlada pelo Estado Islâmico na província central de Homs

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O regime de Bachar al-Assad é apoiado pela Rússia Reuters/SANA

O Exército sírio ganhou terreno no norte e no centro do país e aproximou-se da importante província de Deir Ezzor (leste), controlada em grande parte pelo grupo jihadista Estado Islâmico (EI), indicou uma ONG este domingo.

Estes progressos foram "significativos" a sul da cidade de Raqa (norte), precisou o Observatório Sírio dos Direitos Humanos (OSDH), adiantando que apenas quatro quilómetros separam as forças pró-regime da cidade de Madan, a última controlada pelo EI nos arredores de Raqa e que é próxima da fronteira entre Raqa e Deir Ezzor.

A província de Deir Ezzor está nas mãos do EI, com excepção de uma fracção da capital com o mesmo nome que é controlada por civis e tropas pró-governamentais.

A ofensiva do Exército sírio a sul de Raqa em direcção a Deir Ezzor é diferente da de combatentes curdos e árabes apoiados por Washington para combater o EI desta cidade que era considerada um bastião sírio do grupo jihadista mas do qual perdeu cerca de metade.

O regime de Bachar al-Assad, apoiado pela Rússia, conquistou na madrugada de sábado Al-Soukhna, última localidade controlada pelo EI na província central de Homs. Estes avanços territoriais abrem às forças pró-regime um segundo eixo de progressão para a província de Deir Ezzor.

A retomada de Soukhna - que ainda não foi confirmada pelo governo sírio - inscreve-se no âmbito de uma ofensiva lançada em maio pelas tropas do regime para reconquistar a vasta região desértica que se estende entre Damasco e Deir Ezzor.

Segundo o OSDH, pelo menos 64 combatentes jihadistas foram mortos no sábado na região desértica em combates e bombardeamentos aéreos, dos quais 30 em Al-Soukhna. O EI, expulso no mês passado do seu bastião de Mossul no Iraque, enfrenta múltiplos ataques na Síria.

Desencadeado em Março de 2011 pela repressão de manifestações pró-democracia e opondo inicialmente o Exército e os rebeldes, o conflito na Síria complicou-se ao longo dos anos com o envolvimento de atores regionais, de potências estrangeiras e de grupos de jihadistas, num território cada vez mais fragmentado. O conflito já provocou mais de 330.000 mortos e milhões de deslocados e refugiados.

 

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