Sul de França: mais de dez mil pessoas retiradas das habitações devido às chamas

Desde segunda-feira, arderam pelo menos 4000 hectares no Sul do país. Muitas pessoas dormiram na praia.

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Mais de 4000 hectares de área ardida resumem o clima de pânico face à dimensão das chamas que consomem o sul de França, numa área de montanha e na ilha da Córsega. Esta terça-feira, o balanço do Governo francês apontava para os 1800 hectares ardidos só na Córsega. Durante a madrugada desta quarta-feira, as autoridades retiraram cerca de dez mil pessoas das suas casas, dizem os jornais franceses.

Destas dez mil pessoas deslocadas, três mil eram campistas, detalha o El País. "É uma zona habitada que duplica ou triplica a sua população no Verão", informaram os bombeiros de Var.

Os incêndios já provocaram ferimentos a pelo menos sete bombeiros e deixaram 15 polícias intoxicados, acrescenta o mesmo jornal, citando fontes locais. Existe ainda um oitavo bombeiro ferido com mais gravidade, com queimaduras em segundo grau. A BBC escreve, todavia, que o número total de bombeiros feridos já chegou aos 12.

Ao final da noite de terça-feira, o ministro do Interior francês, Gérard Collomb, chegou ao local. Para além da Córsega, também a região de Provence-Alpes-Côte d’Azur tem vários incêndios que ainda não estão controlados, conta o Le Monde. Também outra das zonas atingidas é Saint-Tropez, acrescenta a BBC. Relatos nas redes sociais mostram pessoas deslocadas na praia, onde muitas passaram a noite de terça-feira, com receio das chamas.

No terreno estão também equipas italianas a prestar apoio aos milhares de bombeiros e militares que combatem as chamas. O Governo francês já pediu ajuda aos parceiros europeus para que mais bombeiros e meios aéreos possam ser mobilizados para o país e prestar auxílio no combate ao fogo.

“França já pediu aviões Canadair e apoio europeu”, declarou o director-geral da Segurança Civil, Jacques Witkowski.

Para já, é ainda desconhecida uma causa oficial destes incêndios. Grégory Allione, o número dois dos bombeiros franceses, afirma que se trata de “uma combinação de factores”. O sudeste da França sofre uma severa seca há várias semanas, e os ventos fortes aumentam o risco de uma rápida propagação dos incêndios.

Existem por isso um conjunto de cuidados a ter, recomendam as autoridades: “não fazer fogo, não fumar, não fazer churrascos e não fazer obras na floresta”.

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