CDU de Lisboa exige esclarecimentos sobre obras na estação de metro de Arroios

“Quanto custa a obra da estação de Arroios? A quem foi adjudicada a obra? Qual o cronograma da obra?”, questionam.

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A estação da Alameda é agora uma das alternativas à de Arroios Margarida Basto

A CDU/Lisboa exigiu hoje um "esclarecimento cabal" sobre as obras na estação de metro de Arroios, designadamente a adjudicação dos trabalhos e os prazos, afirmando que o encerramento da infra-estrutura “parece ter sido feito à medida do calendário eleitoral”.

“É (…) inadmissível que se encerre a estação, sujeitando a população e trabalhadores a todos os prejuízos causados pelo encerramento, sem serem públicos todos os elementos em relação à adjudicação da obra, ao plano de obra e prazos previstos”, declarou, em comunicado, o partido.

A estação do metro de Arroios, em Lisboa, encerrou nesta quarta-feira para obras de reabilitação, perspectivando o Metropolitano de Lisboa que seja reaberta em 2019.

Segundo informação disponibilizada na página da internet da transportadora, as alterações têm um custo previsto de 7,5 milhões de euros e permitirão "a circulação de comboios de seis carruagens em toda a linha Verde" (Cais do Sodré-Telheiras), o que evitará os "constrangimentos pontuais que se verificam na hora de ponta da manhã na estação de Cais do Sodré", já a partir desta quarta-feira.

No comunicado, a CDU/Lisboa recorda que a 13 de Julho os vereadores do PCP na Câmara Municipal de Lisboa solicitaram informações sobre o lançamento e adjudicação da obra, bem como sobre os prazos, “não tendo recebido qualquer resposta”.

O partido considera que "as informações divulgadas pelo Metropolitano de Lisboa são claramente insuficientes", tendo, por isso, levantado várias questões.

“Quanto custa a obra da estação de Arroios? A quem foi adjudicada a obra? Qual o cronograma da obra?”, questiona a CDU/Lisboa, acrescentando que, sem estas respostas, “este encerramento o que parece é ter sido feito à medida do calendário eleitoral e das necessidades propagandísticas”.

João Ferreira declarou ainda que "não faz sentido" não circularem, sempre, comboios de seis carruagens com a estação de Arroios encerrada, referindo-se à circulação ao fim-de-semana.

Assim, a "CDU continuará a exigir o esclarecimento cabal sobre os pormenores da obra", exigindo alternativas para "responder às necessidades dos utentes".

Segundo um comunicado da Carris, “perante os constrangimentos que se prevê que o encerramento da estação possa causar, a Carris decidiu prolongar provisoriamente a carreira 797 - da Praça do Chile à Alameda -, ficando o percurso dos Sapadores à Alameda".

A carreira 797 circula via Rua Morais Soares, Avenida Almirante Reis (ascendente), Alameda D. Afonso Henriques, Rua Rosa Damasceno, Alameda D. Afonso Henriques e Avenida Almirante Reis (descendente), onde efectua paragem e inverte o sentido pelas ruas Eduardo Brasão e Carlos Mardel.

De acordo com o Plano de Desenvolvimento Operacional da Rede do Metropolitano de Lisboa, apresentado em Maio, o serviço vai ter mais duas estações até 2022 - Estrela e Santos.

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