Trump é novamente derrotado na saúde e já só pede o fim do Obamacare

Republicanos falham novamente a aprovação do plano de saúde de Trump no Senado.

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Jerry Moran é um dos quatro senadores republicanos que se opõem à proposta de Trump Reuters/Larry Downing

Mais dois senadores republicanos declaram nesta segunda-feira a sua oposição ao plano de saúde proposto pela administração Trump, inviabilizando a sua aprovação no Congresso norte-americano. O documento não chegará sequer a ser votado. O chamado Obamacare continua assim sem substituto, dada a divisão dos conservadores, sendo agora a sua mera abolição o cenário mais provável.

Essa é a solução defendida pelo Presidente norte-americano. "Os republicanos devem simplesmente revogar o Obamacare e trabalhar a partir do zero num novo plano de saúde. Os democratas vão juntar-se", escreveu Donald Trump no Twitter, durante a noite desta segunda-feira.

Trump pretendia ver aprovado o American Health Care Act, proposta republicana para um plano de saúde norte-americano que visava substituir o Obamacare, nome pelo qual era conhecido o Affordable Care Act, o programa instituído pelo seu antecessor, Barack Obama.

Jerry Moran, senador republicano do Kansas, e Mike Lee, do Utah, foram os nomes mais recentes a demarcarem-se do plano de saúde de Trump, avançava na segunda-feira o Washington Post. Subia assim para quatro o número de republicanos contra a proposta. Também o senador republicano do Kentucky, Rand Paul, e Susan Collins, do Maine, tinham anteriormente expressado a sua oposição. Com uma maioria de 52 lugares no Senado, os republicanos podiam apenas perder dois votos para ver o seu plano aprovado, perante a oposição declarada ou esperada de 46 senadores democratas e dois independentes.

O líder da minoria democrata no Senado, Charles Schumer, afirmou entretanto que "esta segunda falha do Trumpcare é a prova de que a essência deste plano não funciona".

"Em vez de repetirem o mesmo falhanço, os republicanos deviam começar do início e trabalhar com os democratas num plano que garanta estabilidade a longo prazo aos mercados e melhore o nosso sistema de saúde", cita o Post.

O fim do Obamacare e a aprovação de uma nova lei do sistema de saúde que supostamente alargaria a cobertura e a qualidade dos seguros, e que reduziria os custos dos tratamentos e dos prémios pagos às seguradoras, foi uma das principais promessas de campanha de Trump, que nunca explicou como concretizaria a proposta.

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