PSD e CDS criticam declarações de Ferro Rodrigues sobre "Galpgate"

Direita considerou estar em causa a separação de poderes

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Enric Vives-Rubio

PSD e CDS criticaram o Presidente da Assembleia da República, Eduardo Ferro Rodrigues, por causa dos reparos que este fez à actuação da justiça no caso "Galpgate". O ex-ministro do PS, Ferro Rodrigues, em declarações esta sexta-feira à TSF, considerou “um mistério” o facto de uma empresa que patrocina a selecção “ter feito uns convites a umas pessoas e elas terem aceite”. “Onde é que isto configura um crime?". "Parece-me totalmente absurdo”, criticou, sublinhando que se trata da sua “posição pessoal”. O presidente da Assembleia da República também questionou por que razão os três ex-secretários de Estado – Rocha Andrade, João Vasconcelos e Jorge Costa Oliveira – só foram constituídos arguidos um ano depois das viagens se terem realizado.

Carlos Abreu Amorim, vice-presidente da bancada do PSD, assinala, num post publicado no Facebook, que o número dois da hierarquia do Estado “critica, insinua e faz processo de intenções políticas a magistrados" na pior tradição de José Sócrates. “Que nunca se esqueçam quem são aqueles que interferem, pressionam e ameaçam, e os que respeitam a separação de poderes", escreveu.

A separação de poderes é também a questão colocada por Adolfo Mesquita Nunes, vice-presidente do CDS. “O princípio da separação de poderes é estruturante, mas o Presidente da Assembleia da República prefere ignorá-lo a pretexto de emitir opiniões pessoais”, escreveu no twitter. O ex-secretário de Estado do Turismo considerou ainda ser “curioso” que Ferro Rodrigues “ande a partilhar opiniões pessoais sobre justiça e não só e que essas opiniões sejam coincidentes com os interesses do PS e do Governo”. 

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