Lula da Silva foi esta quarta-feira condenado a nove anos e seis meses de prisão pelos crimes de corrupção passiva e lavagem de dinheiro, no âmbito de um processo em que estava acusado de ter beneficiado de dinheiro desviado de contratos da Petrobras pela construtora OAS, para pagar obras num apartamento triplex na praia do Guarujá, no estado de São Paulo. Tudo isto no âmbito da Operação Lava-Jato.

Mas este não é o único processo em que o antigo Presidente brasileiro foi constituído arguido. Aliás, na própria Lava-Jato, Lula da Silva terá de responder por outras acusações em casos separados:

• Julho de 2016: é constituído arguido pela primeira vez na Lava-Jato sob acusação de ter comprado o silêncio do antigo director da Petrobras, Nestor Cerveró;
• Setembro de 2016: é acusado de corrupção passiva e lavagem de dinheiro no caso da construtora OAS, caso pelo qual é esta quarta-feira condenado a mais de nove anos de prisão;
• Outubro de 2016: desta vez no âmbito da Operação Janus, Lula da Silva é acusado de favorecimento à Odebrecht em Angola, através de contratos financiados pelo BNDES. É constituído arguido para responder a crimes de corrupção, lavagem de dinheiro, tráfico de influências e organização criminosa;
• Dezembro de 2016: outra acusação no terceiro processo. Agora, no caso “Zelotes”, o antigo Presidente é acusado de organização criminosa, tráfico de influências e lavagem de dinheiro. Em causa, está um alegado esquema para beneficiar a consultora Marcondes e Mautoni;
• Dezembro de 2016: outra vez na Lava-Jato, é acusado de receber subornos da Odebrecht através do antigo ministro do Governo de Lula, Antonio Palocci e constituído arguido pelos crimes de corrupção passiva e lavagem de dinheiro.