Cartas ao director

Plano de contingência?

Um plano de contingência é um plano que se faz bem antes de um dado tipo de facto suceder. Precavendo-se para uma eventualidade, quase certa, mas de data incerta. Por exemplo, um tremor de terra sério, um acidente nuclear, ou uma seca grave.

 O nosso Governo aprovou, em Maio, já ia adiantada uma primavera quente, a criação de uma "Comissão Permanente de Prevenção, Monitorização e Acompanhamento dos Efeitos da Seca". À Comissão compete, nomeadamente, a "elaboração de um plano de contingência". Dois meses depois, em Julho, com 80% do país em estado de seca, o Governo anuncia que vai "activar de imediato" a dita comissão, logo, iniciar a criação do plano.

Não sei se já foi activada ou não, sei que mais vale tarde que nunca, venha de lá esse plano de acção. Mas chamem-lhe plano de emergência, porque plano de contingência, já a meio dos factos, isso não é!

E assim vamos andando, a reagir, e a reagir de novo, ao sabor do facto do momento, raramente a planear. Não é mal especial deste Governo nem deste tempo. Vem de trás e da sociedade, olhemos à volta, às nossas empresas, aos clubes, às associações, quantas vêem para lá do futuro mais imediato?

Ricardo André, Loures

 

Litoral e Florestas

O Plano de Ordenamento da Costa (POC) devia ser acompanhado de um plano de prevenção e combate de incêndios florestais. A gestão da orla costeira é indissociável da gestão florestal para um bom gerenciamento territorial. Definir regulamentos de salvaguarda e protecção da orla costeira é definir as áreas vulneráveis e de risco reforçando o cordão dunar e as áreas de uso balnear. Chega de bares, restaurantes  e estacionamento selvagem na orla costeira. Chega de falta de coordenação no combate aos incêndios florestais. Espero que o POC não vá com as ondas.

Ademar Costa, Póvoa de Varzim

 

Não havia necessidade Cristina!

Sempre achei Cristina Ferreira muito simpática, elegante, jovial, sempre com um sorriso contagiante que irradia do seu bonito rosto. Cristina é, sem dúvida, um caso de sucesso no panorama televisivo do nosso país. No último número da sua revista trouxe à ribalta os estafados temas da homossexualidade e do lesbianismo em( bi)capas ousadas e provocadoras que não abonam em nada a discrição, o comedimento e a sensatez. Folheando a revista, deparamos com mais fotos, onde, objectiva e subliminarmente, se enviam mensagens de sedução e concupiscência.

Não sei se a Cristina sabe – julgo que deve saber -, que existem revistas próprias para estes preparos que serão adquiridas por quem revela um certo voyeurismo e apetência lúbrica e se identifica, de alguma maneira, com estes jogos malabares da sexualidade. A revista da Cristina não necessitaria, ipso facto, de fazer uma aproximação a este género de revistas. Não se podem extravasar, subliminarmente, desejos e jogos amorosos que estarão confinados a certas franjas da sociedade – que decidiram trilhar uma certa orientação sexual identitária – e “impô-los”, visual e fotograficamente, numa revista aberta e direccionada a um grande público. Onde existem crianças, adolescentes, jovens...

António Cândido Miguéis, Vila Real

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