"Galpgate": PGR confirma seis arguidos "até ao momento"

Nota da procuradoria-geral adianta que os três ex-secretários de Estado vão ser formalmente arguidos no processo. Despacho para a Galp estará a caminho, soube o PÚBLICO.

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Miguel manso

"No âmbito do inquérito relacionado com viagens ao Euro 2016, o Ministério Público determinou a constituição como arguidos de três secretários de Estado agora exonerados (Internacionalização, Assuntos Fiscais e Indústria), estando em curso diligências para a concretização desse despacho", confirma a Procuradoria-Geral da República, numa nota enviada às redacções nesta segunda-feira.

Na mesma nota, o gabinete da PGR acrescenta que está em causa uma investigação "ao pagamento pela Galp Energia S.A. de viagens, refeições e bilhetes para diversos jogos da selecção nacional no Campeonato Europeu de Futebol de 2016", factos que diz serem "susceptíveis de integrarem a prática de crimes de recebimento indevido de vantagem, previstos na Lei dos Crimes de Responsabilidade de Titulares de Cargos Políticos (Lei 34/87 de 16 de Julho)."

De resto, confirma-se também que "até ao momento" foram "constituídos três arguidos – um chefe de gabinete, um ex-chefe de gabinete e um assessor governamental" – que é, ao caso, Vítor Escária, assessor económico do primeiro-ministro, que também já pediu a sua exoneração a António Costa.

Quanto à Galp, empresa que esta manhã emitiu um comunicado dizendo que "para já" não foi constituída arguida, o que o PÚBLICO apurou é que terá já sido convocada para indicar um representante seu que seja ouvido sobre o processo.

A confirmar-se, o processo estará no mesmo ponto que o relativo aos secretários de Estado: já há um despacho, a empresa sabe que será indicada como arguida, mas a oficialização desse estatuto só acontecerá daqui a uns dias. A PGR sobre este caso nada adianta ainda, mas a empresa vai emitir um comunicado em breve.

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