O casulo das Wairpaint

No dia em que os olhares se concentraram nos Foo Fighters, a banda de Theresa Wayman pareceu excepção: transportou-nos na dimensão onírica das suas canções.

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Miguel Manso

No Palco Heineken, cerca das 20h, um cenário diferente. O terceiro álbum das Warpaint, Heads Up, mostrava uma banda incerta do caminho a seguir, mas em palco a carga onírica das suas canções, assente nas melodias vocais entoadas em conjunto, qual madrigal folk, nas viagens estelares das guitarras e nos movimentos circulares da secção rítmica, algo potenciado pela iluminação no palco, transformou aquele espaço, repleto de público conhecedor e disposto a ser transportado, num caso à parte no segundo dia de Nos Alive (talvez o mesmo tenha acontecido no concerto dos Wild Beasts, a que não tivemos oportunidade de assistir).

Ali, ninguém esperava os Foo Fighters e todos seguiram os sons criados pelo quarteto americano. Depois das viagens pelas paisagens de sonho entre camadas de ruído shoegaze, em canções como Undertow ou Keep it healthy, o concerto terminou em modo festivo com New song, para a qual as californianas chamaram o convidado Jono Ma, dos Jagwar Ma, e com a pérola dançável que é Disco / Very.<_o3a_p>

Aquilo que foram e que nos entusiasmou quando as vimos, neste mesmo local, em 2012, esteve presente, tal como os novos sinais que brotaram entretanto na sua música. Em palco não tactearam, viajaram com elegância confiante pelas suas várias dimensões.<_o3a_p>

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