Debate sobre novo partido adiado para depois das autárquicas

Crise política que o país atravessa foi a justificação dada para o adiamento do jantar.

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Promotores do projecto político dizem que "há pessoas que não cabem nos partidos" Nuno Ferreira Santos

Chegou a estar marcado para a passada quarta-feira, dia 5, mas acabou por ser adiado, para depois das autárquicas, o jantar que iria juntar em Coimbra um grupo restrito de pessoas empenhadas em avaliar se há condições para uma nova força política à direita do PS.

Os promotores da iniciativa consideram que a crise política, desencadeada pelos incêndios em Pedrógão Grande e, mais recentemente, pelo incidente em Tancos, de onde foi furtado armamento de guerra, está para durar e, por isso, entenderam que fazia sentido adiar o jantar para Outubro, a seguir às eleições autárquicas.

Nuno Garoupa, da área do CDS, professor de Direito em Portugal e nos Estados Unidos e ex-presidente executivo da Fundação Francisco Manuel dos Santos, e Norberto Pires, ex-militante social-democrata, professor de Robótica no Departamento de Engenharia da Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade de Coimbra e antigo presidente da Comissão de Coordenação e Desenvolvimento, são dois dos mentores deste grupo.

Da lista de convidados faziam parte académicos, empresários e um ex-governante, entre outros. Todos estão preocupados com a situação política e querem ter uma palavra a dizer sobre o futuro do país.

“Há muita gente que actualmente não cabe nos partidos e se me perguntar o que é que une todas estas pessoas do centro-direita ou centro-esquerda é a insatisfação, é o facto de o país não ser capaz de se autoquestionar, de discutir, de colocar coisas em causa, de alguma maneira apontar os problemas de forma muito natural”, afirma Norberto Pires.

Ao PÚBLICO, o professor de Coimbra considera que é “importante trazer de novo para o debate político aquelas pessoas que estão habituadas no seu espaço de trabalho a reflectir sobre as coisas, a pensar sobre as coisas, e que executam com profissionalismo as suas tarefas. Era importante puxar estas pessoas para o espaço público outra vez”.

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