Lista de Sarmento reivindica "voz própria em Lisboa"

Movimento Lisboa Sempre escreve a militantes sobre resultado das eleições para a distrital do PSD.

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Morais Sarmento foi eleito presidente da assembleia da distrital de Lisboa do PSD Margarida Basto

O movimento Lisboa Sempre, fundado por Rodrigo Gonçalves e em que nasceu a lista liderada por Nuno Morais Sarmento para as eleições da assembleia da distrital de Lisboa do PSD, considera que os resultados das eleições para os órgãos da distrital do passado sábado são “sinais claros de que Lisboa tem voz própria”.

Numa carta dirigida aos militantes do PSD-Lisboa, o movimento começa por agradecer os que integraram e apoiaram a lista liderada pelo ex-ministro de Durão Barroso para a secção concelhia de Lisboa. É recordado o resultado obtido: 57,2% (801 votos) enquanto a lista directamente concorrente encabeçada por Marina Ferreira (e afecta à de Pedro Pinto para a comissão política distrital) obteve 42,7%, ou seja, 597 votos.

O movimento considera ainda como “dado relevante” o facto de a votação do concelho de Lisboa para a comissão política distrital ter registado 47,5% (685) votos brancos e 3,7% de votos nulos, que “representaram a maioria das intenções de voto”.

Com estes dados, o Lisboa Sempre, que foi lançado há alguns anos pelo actual presidente interino da concelhia, considera que tem a “responsabilidade de unir todo o concelho” e reafirma o empenhamento na vitória tanto na câmara municipal como nas juntas de freguesia.

A lista de Pedro Pinto (muito próximo de Passos Coelho) para a liderança da comissão política distrital – aí não teve concorrente directo – obteve 77,8% dos votos. A candidatura criticou o facto de Nuno Morais Sarmento, numa lista que também era subscrita por outros dois ex-ministros, Manuela Ferreira Leite e José Luís Arnaut, só se ter apresentado a uma secção da assembleia distrital, um órgão sem relevância política. Morais Sarmento foi dizendo que este era um primeiro passo para a "revitalização do partido". 

Apesar de figuras ligadas à direcção nacional do PSD controlarem a distrital, o certo é que há um mal-estar no PSD Lisboa sobre a forma como a candidata à câmara – Teresa Leal Coelho – está apagada na pré-campanha autárquica. O próprio Pedro Santana Lopes, que ponderou ser candidato, disse ao PÚBLICO, na passada semana, estranhar a estratégia e disse não ser compreensível a candidata não ter apresentado programa nesta altura do ano.

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