Cidadãos manifestam-se contra “escandalosa destruição” de edifícios em Lisboa

Forum Cidadania Lx enviou queixa à Provedoria de Justiça contra a destruição de prédios "em relativo bom estado de conservação" para ali fazer um projecto que "não se enquadra na zona".

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Os prédios a destruir Forum Cidadania Lx
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O projecto Forum Cidadania Lx
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O projecto Forum Cidadania Lx
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O projecto Forum Cidadania Lx

O movimento cívico Fórum Cidadania Lx promove na terça-feira uma manifestação contra um “escandaloso caso” de demolição de três edifícios do século XX em Lisboa, temendo a abertura de um “precedente urbanístico gravíssimo”.

Numa nota enviada às redacções, o grupo informa que se vai manifestar “contra mais um escandaloso caso de destruição de arquitectura do final do século XIX/início do Século XX, neste caso, não um, mas três edifícios”, localizados nos números 20-24 e 26-34 da Avenida Casal Ribeiro e que também abrangem a Rua Actor Taborda, na freguesia de Arroios.

De acordo com o Fórum Cidadania Lx, estes prédios eram propriedade da Santa Casa da Misericórdia de Lisboa e foram vendidos a um investidor privado, que ali pretende concretizar um projecto da autoria dos arquitectos Manuel Graça Dias e Egas Vieira.

Na óptica deste movimento cívico, esse projecto “em nada se enquadra com a zona em questão”.

“Vem mesmo a romper com uma rua [Actor Taborda] quase composta única e exclusivamente por arquitectura de transição, abrindo mais um precedente gravíssimo em termos urbanísticos, até porque se trata de prédios perfeitamente recuperáveis para habitação”, salienta o grupo na nota enviada à Lusa.

A manifestação, marcada para as 19h00 junto aos prédios em causa, visa assim alertar para esta situação, que dizem não ser única na cidade, e pressionar a Câmara de Lisboa.

Entretanto, o Fórum Cidadania Lx fez nesta segunda-feira uma queixa à Provedoria de Justiça sobre este caso.

“De facto, fomos surpreendidos não só pela mudança repentina de promotor (no que se configura ser uma operação de pura especulação imobiliária do anterior proprietário – a Santa Casa da Misericórdia de Lisboa – para um novo proprietário, privado) como do próprio projectista”, frisa o grupo na missiva enviada também à Câmara de Lisboa, à Assembleia Municipal, à Direcção-Geral do Património Cultural e à Junta de Freguesia de Arroios.

E questiona: “Até que ponto é legal o facto de serem feitas as demolições em curso em edifícios em relativo bom estado de conservação - longe, portanto, da ameaça de derrocada, condição exigível ao abrigo do Plano Director Municipal em vigor - e desvirtuando definitivamente duas frentes de quarteirão”.

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