Pensões: Proposta da CGTP e da UGT custaria 357 milhões em 2018

Centrais sindicais defendem reforma sem cortes aos 60 anos de idade e 40 de descontos. UGT diz agora que números são "avassaladores".

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Carlos Silva, líder da UGT, ficou preocupado com os números apresentados pelo Governo Enric Vives-Rubio

A eliminação dos cortes nas pensões atribuídas a quem tem 60 anos de idade e 40 anos de carreira, uma reivindicação da CGTP e da UGT, custaria à volta 357 milhões de euros em 2018 e implicaria que a Taxa Social Única (TSU) suportada pelos trabalhadores e pelas empresas aumentasse de 34,75% para 41,44%

Os impactos foram apresentados pelo ministro do Trabalho nesta terça-feira e apontam para um aumento da despesa na ordem dos 730,7 milhões de euros em 2019.

Pelas contas do Governo, há cerca de 340 mil pessoas inscritas na Segurança Social com idades entre os 60 e os 65 anos. Destes, cerca de 60 mil têm uma carreira mínima de 40 anos e assume-se que se reformariam em 2018.

O impacto maior, justifica o Governo no documento apresentado aos parceiros sociais, “deve-se a um afluxo excepcional registado no primeiro ano de novos pensionistas, os quais só mais tarde, com mais idade e, porventura, maior carreira, tomariam a decisão da reforma".

E acrescenta que, tendo em conta o perfil-tipo de uma pessoa com 60 anos e 40 de descontos, a taxa contributiva que deveria aplicar-se para garantir o equilíbrio entre contribuições passadas e pensão futura (assumindo um salário inicial de mil euros) deveria ser de 41,44%, superior em 6,69 pontos percentuais face à actual.

Confrontado com estes números, o líder da UGT, Carlos Silva, reconheceu que dificilmente a proposta será aceite pelo Governo. “Os números preocupam-nos, são realmente avassaladores”.

Já Arménio Carlos, líder da CGTP, insiste que é preciso continuar a discutir o assunto.

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